Paris (França) - Apesar de mais uma vitória sem sustos e da vaga nas quartas de final em Roland Garros, o espanhol Rafael Nadal não saiu totalmente feliz de quadra neste domingo. O canhoto de Mallorca aproveitou a entrevista coletiva após sua vitória por 3 sets a 0 contra o compatriota Roberto Bautista para reclamar da atuação do juiz português Carlos Ramos, que o puniu duas vezes por estourar o tempo de saque.
"Digo isso com tristeza, mas ele é um árbitro que me persegue, que tem fixação comigo. Também me pressionou dizendo que estava me comunicando com meu técnico. Tenho grande respeito por ele, mas peço que seja recíproco. As regras precisam estar bem definidas e o árbitro está lá para analisar a situação da partida, caso contrário era só colocar um cronômetro", disse o canhoto de Mallorca.
O próximo oponente no caminho de Nadal será outro compatriota, desta vez Pablo Carreño, contra quem tentará manter sua invencibilidade diante de espanhóis em Paris. "Nunca enfrentei Pablo, mas sei que tem melhorado bastante. Ele é um amigo do qual eu gosto bastante, é uma ótima pessoa e merece tudo o que conseguiu", disse o nove vezes campeão do torneio, que também elogiou Bautista.
"Enfrentei um grande jogador e pude vencer em sets diretos, o que é um resultado muito positivo. Estou muito feliz por isso. Talvez não tenha jogado tão bem como antes, mas tive uma boa atuação, com alguns ótimos golpes", analisou Rafa, que perdeu só 20 games em sua caminhada até as quartas de final no saibro parisiense, sua segunda melhor campanha em Grand Slam.
"Das 22 partidas que disputei no saibro eu ganhei 21 e estou contente de chegar às quartas de Roland Garros, mas não é normal a vantagem que tive em minhas partidas aqui", comentou o espanhol, que em 2012, quando foi campeão de Roland Garros, chegou às quartas tendo perdido apenas 19 games.