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Brasil Open negocia data e vê piso duro improvável
06/03/2018 às 11h58

Diretor do Brasil Open gostaria de pegar data de Buenos Aires

Foto: Marcello Zambrana/DGW Comunicação
Felipe Priante

São Paulo (SP) - Segundo e último torneio da série de ATPs no país, o Brasil Open fechou 2018 com o seu segundo maior público da história, perdendo apenas para 2013, ano em que contou com a presença do espanhol Rafael Nadal. Mesmo assim, a organização do evento tenta fazer algumas mudanças para torná-lo ainda maior e melhor.

Disputado na mesma semana dos ATP 500 de Acapulco e Dubai, o torneio paulistano tem sofrido para trazer bons nomes, principalmente com a política de não gastar fortunas em garantias aos tenistas. "Competimos com dois 500 em quadra dura e isso é ruim para nós, os caras querem ir direto pata Indian Wells, a data não é boa e tentamos conversar com a ATP para negociar", disse o diretor Roberto Marcher.

"Não quero a data de Quito, mas a de Buenos Aires seria perfeita. Estamos tentando", complementou Marcher, que também sonha com a mudança de piso, assim como os outros torneios sul-americanos. "É interessante sim, mas o grande empecilho para isso é que quem gosta de saibro quer continuar jogando nessa superfície e se opõe a mudanças, dizem que estão atacando o circuito deles", observou.

"Estamos tentando mudar e seria perfeito conseguir. Alguma chance sempre tem, mas diria que a chance de ficar igual é superior a 99,9%, mas claro que torço para mudar", acrescentou o diretor do Brasil Open, que depois de dois anos no Esporte Clube Pinheiros retornou ao complexo do Ibirapuera.

A mudança agradou ao público, que compareceu em boa quantidade durante toda a semana, mas gerou contratempos para os jogadores. Segundo afirmou o uruguaio Pablo Cuevas, as quadras de treino eram poucas, o que dificultava conseguir um horário, e além disso estavam em más condições, o que foi rebatido pela organização.

"Posso garantir que as quadras de treino de torneios importantes como as de Hamburgo, onde já estive acompanhando Thomaz Bellucci uma vez, são piores do que as nossas. Não é o melhor saibro do mundo, mas para treino está muito bem adequado", garantiu Marcher.

"Acho que foi o melhor Brasil Open de todos. Não é fácil tirar de um clube privado, com várias quadras de treino e jogo, para um centro estatal, mudando de outdoor para coberto. A grande vantagem é que aqui não chove", finalizou o diretor do evento.

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