Miami (EUA) - O fim da carreira profissional de Agnieszka Radwanska foi o assunto na coluna semanal de Martina Navratilova para o site da WTA. De acordo com a ex-número 1 do mundo, que chegou a ser técnica de Radwanska no início de 2015, a jogadora polonesa de 29 anos era a mais criativa de sua geração e fazia jogadas durante as partidas que não havia tentado nem mesmo nas quadras de treino.
"Ela era a jogadora mais imaginativa e criativa de sua geração e, apesar disso, era tão avessa ao risco que tinha muita dificuldade em tentar algo novo nas quadras de treino", escreveu Navratilova. "Ela não queria errar, nem mesmo nos treinos. Era por isso que ela não gostava de bater na bola quando sentia que não poderia controlá-la".
"Eu trabalhei com ela por alguns meses e, nas quadras de treino, ela ficava mais feliz quando jogava com segurança. Enquanto a maioria dos jogadores são mais criativos nos treinos e fazem coisas que normalmente não tentariam em uma quadra de jogo, Radwanska era o oposto total. Nos jogos, ela acertava golpes que nunca havia feito nos treinos. Quando ela tinha que ser, ela era a jogadora mais imaginativa do circuito", avalia a vencedora de 18 títulos de Grand Slam.
"Ela era rápida em seus pés e rápida com sua mente. Ela apenas inventava coisas e acertava golpes que as pessoas não esperavam, muitas vezes até surpreendendo a si mesma. Então, havia momentos em que a seleção de golpes não era a ideal, mas muitas vezes ela conseguia se virar com mágica", complementou a ex-líder do ranking mundial.
Radwanska anunciou o fim de sua carreira profissional há duas semanas. Depois de sofrer com lesões ao longo da última temporada e não repetir os resultados que a levaram à vice-liderança do ranking mundial, a polonesa de 29 anos decidiu pendurar as raquetes depois de terminar o ano apenas na 74ª colocação. Ela venceu 20 títulos na carreira, com destaque para o WTA Finals de 2015 e foi finalista de Wimbledon em 2012.