Paris (França) - Depois de vencer uma estreia complicada em Roland Garros, Naomi Osaka acredita que estava muito nervosa na partida desta terça-feira em Paris, diante da eslovaca Anna Schmiedlova. A número 1 do mundo levou um 'pneu' no primeiro set e ainda viu a rival sacar duas vezes para o jogo na parcial seguinte, mas conseguiu escapar da derrota e buscou a virada.
"Acho que esta foi a vez que eu fiquei mais nervosa durante uma partida em toda a minha vida", disse Osaka após a vitória por 0/6, 7/6 (7-4) e 6/1 sobre Schmiedlova. "Acho que vocês puderam ver isso no primeiro set. Eu não estava literalmente acertando nenhuma bola na quadra", afirma a japonesa, que cometeu 13 erros não-forçados no set inicial e terminou a partida com 38 no total.
"Para mim, foi um dia estranho. Geralmente os nervos vão embora depois de um tempo, mas hoje eu fiquei assim o jogo inteiro. Então eu senti que precisaria ter muita força de vontade e consegui vencer no final", acrescentou a atleta de 21 anos, que marcou sua 15ª vitória seguida em Grand Slam.
Perguntada sobre as razões que a deixaram tão nervosa, a líder do ranking mundial e atual campeã do US Open e do Australian Open não soube explicar. "Eu poderia dar razões lógicas, mas eu não sou uma pessoa realmente lógica", disse a jovem jogadora, sorrindo. "Então pode ser qualquer coisa".
"Foi a primeira vez que joguei um Grand Slam como número 1. Eu ganhei os dois últimos, então eu meio que quero muito ganhar este também. E eu nunca joguei no Chatrier antes, essa foi a minha primeira vez. Eu sinto que eu preciso provar de novo que sou capaz", elencou Osaka sobre possíveis motivos que poderiam alterar seu comportamento.
Osaka sofreu com lesões no músculo abdominal e na mão direita durante a temporada de saibro, mas garante estar livre de problemas físicos. "Hoje foi completamente bom. Eu não senti nada. Pensei que eu poderia sentir alguma coisa, mas não, estava tudo bem hoje".
A japonesa agora se prepara para enfrentar a ex-líder do ranking Victoria Azarenka. Elas já duelaram duas vezes, com uma vitória para cada lado. "Ela tem jogado muito bem recentemente e não há como ser uma partida similar à que eu joguei em Roma no ano passado", comenta sobre uma tranquila vitória sobre a bielorrussa na última temporada. "Então, eu estou esperando uma das partidas mais difíceis do ano".