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Nadal e López vencem batalha e Espanha vai à final
23/11/2019 às 20h36

Espanha vai em busca do sexto título de Copa Davis na história

Foto: Arquivo

Madri (Espanha) - Em jogo bastante equilibrado e definido nos detalhes, a Espanha garantiu seu lugar na final da Copa Davis. Anfitriã na Caixa Mágica em Madri, a equipe espanhola fechou por 2 a 1 o confronto contra a Grã-Bretanha. A vitória do time da casa veio na partida de duplas com Rafael Nadal e Feliciano López contra Jamie Murray e Neal Skupski em dois tiebreaks, com parciais de 7/6 (7-3) e 7/6 (10-8) em 2h17 de partida.

Cinco vezes campeã da Copa Davis, a Espanha conquistou a competição pela última vez em 2011, quando bateu a Argentina na final em Sevilla. Os espanhóis enfrentam o Canadá, a partir do meio-dia (de Brasília) deste domingo. Canadenses e espanhóis já se enfrentaram duas vezes, com uma vitória para cada lado.

Ao contrário do time da casa, o Canadá ainda sonha com o título inédito na Copa Davis. O país da América do Norte faz sua melhor campanha em 106 anos. Logo na primeira participação, em 1913, os canadenses alcançaram uma final e perderam para os Estados Unidos. Naquela época, entretanto, ainda existia o chamado Challenge Round, em que a equipe norte-americana superou o time britânico (campeão no ano anterior) para ficar com o título.

O número 1 do mundo Rafael Nadal tem sido decisivo para a Armada Espanhola ao longo da semana em Madri. Ele foi responsável por empatar o confronto neste sábado ao vencer Daniel Evans por 6/4 e 6/0. Mais cedo, Kyle Edmund derrotou Feliciano López por 6/3 e 7/6 (7-3). Nadal também atuou em simples e duplas contra a Argentina nas quartas de final, na última sexta-feira. Ele também fez dois jogos de simples e um de duplas na fase de grupos, só com vitórias.

Partida não teve quebras de serviço
A longa partida de duplas deste sábado não teve nenhuma quebra de serviço. Durante o primeiro set, cada equipe teve apenas um break point. A chance dos espanhóis veio ainda no começo, enquanto os britânicos poderiam quebrar quando o placar estava empatado por 5/5. Nadal, que não teve o serviço quebrado em nenhuma das quatro partidas de simples que fez na semana, sacou muito bem ao longo de todo o jogo. Durante o primeiro tiebreak, o time da casa esteve sempre à frente no placar e venceu três pontos no saque dos adversários.

No segundo set Murray e Skupski vinham implacáveis no saque e cederam apenas dois pontos em seis games de serviço. A dupla espanhola, por sua vez, foi ameaçada em duas ocasiões, salvando até mesmo um set point quando perdia por 6/5. Além disso, Nadal estava descontente com a árbitra Marijana Veljovic, depois de ter sido advertido por estourar o limite de tempo para o saque e também por ser impedido de desafiar uma marcação duvidosa devido à demora para a tomada de decisão.

O segundo tiebreak da partida começou melhor para os britânicos, primeiros a vencer um ponto no serviço dos adversários. A equipe visitante chegou a ter três set points, mas o espanhóis escaparam de todos eles. No segundo, quando Murray e Skupski venciam por 6-5, Nadal cravou o smash para finalizar um ponto muito longo. Só então, a Espanha teve suas chances de fechar o jogo, definindo a disputa no segundo match point.

Andy Murray não atuou na semifinal
Eliminada pela Espanha, a equipe britânica tem dez conquistas de Copa Davis em sua história. A última foi em 2015, vencendo a Bélgica na final. Com a mudança de formato da competição, britânicos, espanhóis, canadenses e russos entrarão diretamente na fase final da Davis de 2020, que também será disputada em Madri. Além disso, a Sérvia e França receberam convites para a fase decisiva.

Pela terceira vez em quatro confrontos na semana, a equipe britânica não contou com Andy Murray. O ex-líder do ranking fez um jogo muito longo na vitória sobre o holandês Tallon Griekspoor na última quarta-feira. Com isso, o capitão Leon Smith preferiu colocar Edmund em quadra para enfrentar o Cazaquistão. Melhor fisicamente, o jogador de 24 anos também atuou contra a Alemanha e venceu seus três jogos de simples na semana. O atual 126º do ranking também não poderia enfrentar Nadal, a menos que fosse designado como número 1 de seu país. Mas nesse cenário, Evans (42º) e Edmund (69º) não poderiam entrar em quadra.

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