Paris (França) - Eliminada na semifinal de Roland Garros, Petra Kvitova garante que ainda não pensa no fim da carreira. A experiente tcheca de 30 anos e bicampeã de Wimbledon aparece atualmente no 11º lugar do ranking mundial e vê jogadoras cada vez mais jovens ganhando espaço no circuito. Questionada se ela está pronta para encarar a nova geração, a canhota tcheca se mostra bastante confiante e pretende continuar lutando para aumentar sua coleção de troféus.
"Sim, voltarei no ano que vem", disse Kvitova, que não havia perdido sets no torneio até então. "Claro que estou pronta para desafiá-las. Eu não quero dar nada de graça para elas (disse sorrindo). Nenhuma de nós vai fazer isso. Com certeza, não vou encerrar minha carreira"
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"Estar em uma semifinal aqui foi uma grande conquista para mim. Estou muito feliz e feliz e grata por isso", acrescentou a tcheca, que não chegava tão longe em Paris desde 2012. "Eu poderia estar em casa apenas assistindo e sem jogar mais tênis. Então, para mim, só de estar na semifinal de um Grand Slam de novo já é algo muito especial. Apesar de a derrota ser dolorosa, o que é normal e deve ser assim, estou muito feliz com o meu resultado aqui. As condições não foram fáceis este ano, mas consegui lidar muito bem com isso".
Em uma temporada bastante atípica, por conta da pandemia da Covid-19, Kvitova tem apenas mais um torneio para jogar este ano. Ela disputará o Premier de Ostrava, a partir de 19 de outubro, e espera poder ter um calendário de competições mais robusto no ano que vem. "É muito difícil prever o que vai acontecer no próximo ano. Este ano ainda estou inscrita em Ostrava e devo jogar lá. Sei que a situação na República Tcheca não é perfeita agora, então vou ver o acontece. Nós descobriremos muito em breve. Certamente, quero jogar alguns torneios no próximo ano. Eu espero que tenham mais".
Superada pela norte-americana Sofia Kenin, com parciais de 6/4 e 7/5, Kvitova sente que não conseguiu jogar seu melhor tênis. A tcheca acredita que o dia com muito vento em quadra dificultava a imposição de seu estilo mais agressivo, mas reconhece a superioridade da rival de 21 anos e número 6 do mundo. "As condições eram anormais, eu diria. Estava ventando muito. Foi muito difícil jogar hoje, para ser honesta, porque não eram as condições ideais para para o meu jogo. De qualquer forma, acho que Sofia jogou um ótimo tênis hoje. Ela estava melhor na quadra e eu estava realmente tentando lutar por cada ponto".
A tcheca lembra que teve chance de reagir na partida. Kenin sacou para o jogo quando vencia o segundo set por 5/4 e não conseguiu fechar, mas Kvitova acabou tendo o serviço quebrado novamente logo depois. "Tentei me manter focada na partida e esperar pelas minhas chances. Até tive uma, mas ela recuperou a vantagem logo depois. Ela estava jogando muito bem hoje e se movimentando muito bem. Essa foi provavelmente a chave para o jogo de hoje e ela mereceu ganhar".
A bicampeã de Wimbledon também fez um prognóstico para a final do sábado. Kenin, atual campeã do Australian Open, encara a polonesa Iga Swiatek, jovem de 19 anos e que disputará sua primeira final de Slam. "Será uma final emocionante. Sofia fez uma ótima partida hoje. Acho que ela é um pouco favorita, por ser uma cabeça de chave. Mas a Iga estava fazendo um torneio inacreditável. Quero dizer, ela venceu a Simona e foi capaz de seguir em frente depois daquele jogo. Vai ser uma final interessante e estou curiosa para saber quem vai vencer".
