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Para Anderson, associação paralela não é benéfica
19/01/2021 às 14h39

Anderson também afirma que fusão com a WTA não está na pauta das discussões

Foto: Arquivo

Melbourne (Austrália) - O experiente sul-africano Kevin Anderson falou sobre a rotina dos bastidores do circuito. Anderson assumiu a presidência do Conselho de Jogadores da ATP após a saída de Novak Djokovic. Em entrevista ao canal Tennis Majors, o veterano de 34 anos comentou sobre as discussões do Conselho, a formação de uma associação de jogadores paralela e a possibilidade de fusão entre ATP e WTA.

Anderson acredita que a formação de uma nova associação de jogadores, chamada de Professional Tennis Players Association (PTPA), não seja benéfica para o andamento das discussões nos bastidores. "Espero que todos possam trabalhar juntos, apenas do ponto de vista geral, porque é assim que nos tornamos mais fortes".

"Não estive a par de nenhuma dessas conversas e não sei qual é o tipo de visão da PTPA e como eles veem seu progresso. E assim, o que eu posso dizer é que os jogadores são representados pelo Conselho, e sim, nossa estrutura é 50% de atletas e 50% dos representantes dos torneios", acrescenta o sul-africano, que já foi número 5 do mundo e atualmente aparece no 82º lugar.

"Mas mesmo se você tivesse uma entidade que é 100% pertencente aos jogadores, você ainda teria que ir à mesa e negociar com os torneios. Então, eu pessoalmente não vejo como isso seria muito mais benéfico", complementou o experiente jogador, comparando a situação da nova entidade com o modelo atual.

O sul-africano também diz que a possibilidade de que ATP e WTA formem uma entidade única não está na pauta das discussões do Conselho, embora reconheça a associação feminina como uma importante parceira comercial da entidade. "Não houve nenhuma discussão real sobre isso. Eu realmente não tenho muito o que dizer, porque não é algo que realmente esteja em pauta. Não há nada muito além de uma noção vaga. Haveria muitos detalhes que todos teriam que resolver. Obviamente, o esporte é mais forte quando todos trabalham juntos, mas não posso comentar como é do ponto de vista logístico e de negócios".

"Eu sei que parte do novo plano de gestão da ATP é trabalhar junto com essas entidades separadas. E de uma perspectiva ATP, obviamente, a WTA é uma grande parceira. Então isso é algo que realmente precisa ser analisado com cuidado. Eu não sei se isso era algo que alguns jogadores queriam conversar, mas talvez a pandemia tenha desviado um pouco o foco. No momento, essa não é uma conversa que tivemos internamente com a ATP ou com a WTA".

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