Estrasburgo (França) - Principal nome na disputa do WTA 250 de Estrasburgo, Bianca Andreescu voltou ao saibro com uma boa vitória na estreia do torneio. A número 7 precisou de apenas 61 minutos para marcar as parciais de 6/1 e 6/2 sobre a espanhola Andrea Lazaro Garcia, 279ª do ranking e vinda do quali. Este foi o primeiro torneio que Andreescu disputou desde a final de Miami em março. A canadense de 20 anos sofreu uma lesão no pé direito durante a decisão do torneio na Flórida. Semanas depois, foi diagnosticada com Covid-19 e adiou ainda mais o retorno ao circuito.
Apesar da falta de ritmo, Andreescu jogou em bom nível, com poucos erros e dominando os pontos desde as devoluções. A canadense conseguiu cinco quebras de serviço e enfrentou apenas um break-point. Isso aconteceu no início do segundo set, quando ela havia feito três duplas-faltas no mesmo game. E ainda assim, não teve o serviço quebrado.
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"Não joguei muito tênis recentemente, mas me sinto muito bem e estou muito bem preparada para esse torneio. O placar pode parecer fácil, mas não foi. Ela é uma boa jogadora, já havia vencido algumas partidas aqui, e merece crédito", comentou a canadense, que agora enfrenta uma jogadora vinda do quali, a belga Maryna Zanevska. "Assim como foi hoje, é uma adversária que eu ainda não vi jogar. Mas tenho que dar o meu melhor e jogar um bom tênis em quadra de saibro, como foi na estreia".
Apenas o segundo torneio da canadense no saibro
Este é apenas o segundo torneio de primeira linha que Andreescu disputa no saibro, sendo que o primeiro foi em 2019 em Roland Garros. Na ocasião, ela estava voltando de uma lesão no ombro direito, venceu a primeira rodada, mas abandonou o torneio na fase seguinte. Já no ano passado, ficou de fora do circuito durante toda a temporada de 2020 enquanto tratava de lesão no joelho esquerdo.
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Apesar da pouca experiência no saibro em alto nível, Andreescu acredita que seu estilo versátil de jogo pode render bons resultados no piso. "Acho que o meu estilo de jogo se encaixa com o saibro, devido às minhas variações. Posso usar algumas bolas mais altas que são mais eficientes no saibro do que na quadra dura, assim como os meus drop-shots, se eu executar bem".
"Tenho aproveitado bem os treinos. Sei que os primeiros foram um pouco abaixo, por causa dos quiques irregulares e por eu não ser muito fã de ralis longos. Mas melhorei minha resistência e bastaram alguns treinos para eu me sentir muito confortável com o meu jogo", explicou a jogadora de 20 anos.
Sintomas da Covid e problemas com a quarentena
Andreescu também comentou sobre o exame positivo para Covid-19 realizado às vésperas do WTA 1000 de Madri, que a fez desistir do torneio. Mesmo cumprindo uma quarentena na capital espanhola e apresentando um teste negativo para a doença, ela foi impedida de atuar em Roma na semana seguinte, devido às restrições adotadas pelo governo italiano. Diante dessa situação, ela preferiu nem tentar uma vaga em Parma e focar em uma preparação apenas na França, de olho em Roland Garros que começa no próximo domingo.
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"Eu não tive a melhor sorte este ano, mas o que aconteceu em Madri já é passado e eu tentei me recuperar o melhor possível. É claro que foi decepcionante, os dois primeiros dias foram muito duros", disse Andreescu, ao descrever alguns sintomas que teve. "Ficar esses dias fora atrapalha algumas coisas, eu me sentia cansada e tive um pouco de tosse, mas nada muito forte. Depois da quarentena foi um pouco duro, não sei se por causa da Covid-19 ou por causa de ter parado de jogar por dez dias. Senti um pouco de falta de ar, mas conforme fui podendo treinar e voltar à preparação física, fui me sentindo melhor".
"As regras na Itália são super rígidas e eu não teria nenhuma chance de jogar em Roma ou em Parma sem ter que fazer outra quarentena. Em Parma, aliás, as chances eram ainda menores. Meu primeiro teste depois da quarentena deu positivo, e no dia seguinte eu fiz outro que deu negativo. Isso foi muito estranho, porque em Madri eu já havia testado negativo duas vezes. Eu só queria estar segura na França, e não ter nenhum problema na Itália, até porque o principal foco é Roland Garros".