São Paulo (SP) - Uma das sensações deste Brasil Open, surpreendendo a todos rumo às quartas de final do torneio, o italiano Luca Vanni era só alegria depois do triunfo desta quinta-feira sobre o holandês Tiemo de Bakker, em duelo de qualis. Apesar dos 29 anos de idade, ele é um ilustre desconhecido no circuito, não tendo sequer detalhes no perfil da ATP sua empunhadura.
Vanni entrou na chave principal via qualificatório e deu sorte de contar com a desistência do espanhol Feliciano López, cabeça de chave número 1, entrando em seu lugar adiantado na chave. “Eu era qualifier e então entrei direto na segunda rodada. Minha primeira vitória em ATP foi contra o ‘bye’”, brincou o italiano, que ocupa atualmente o 149º lugar no ranking.
Com sua campanha no Ibirapuera ele deve subir por volta de 15 colocações. Seu próximo jogo será contra o vencedor do duelo entre o espanhol Fernando Verdasco e o sérvio Dusan Lajovic. “Vi Verdasco jogar várias vezes pela TV e enfrentá-lo seria um outro sonho”, comentou o italiano, que vibrou com a chance de fazer uma partida de tamanha importância
“Amanhã vai ser a primeira vez que vou aparecer na TV e minha família poderá me ver”, declarou Vanni, que explicou por que demorou a engrenar no circuito. “Estudei economia (segundo grau), mas sou melhor no tênis. Não joguei juvenil e só comecei a jogar aos 21 anos. Minha família preferia que eu estudasse. No meu primeiro ano quebrei os dois joelhos”, revelou.
“Sou jovem na cabeça, mas já tenho 29”, brincou o contente italiano. A felicidade da vitória se juntou com as boas sensações vividas no Brasil. “Me sinto bem aqui. A pessoas são muito legais e tudo é muito bom”, descreveu Vanni. “Hoje, na segunda rodada, não sei, pois estou muito feliz. Não acredito, é um sonho para mim. É minha segunda vez em uma chave principal e ganhei uma partida de ATP”.
O italiano lembrou que ficou machucado um ano atrás, por causa de uma lesão no joelho, mas agora diz estar se sentindo muito bem e cada vez mais confiante em si mesmo. “Acredito em mim 100%, nunca antes acreditei tanto assim”, pontuou Vanni, que também avaliou o triunfo sobre De Bakker. “Foi uma partida estranha, estava perdendo no terceiro por 2/1 e acabei ganhando. Acreditei até o fim que poderia vencer”, finalizou.
