Londres (Inglaterra) - A grande discussão entre os fãs de tênis sobre quem é o maior de todos os tempos cada vez vai ganhando mais adeptos ao lado do sérvio Novak Djokovic. Após sua conquista em Wimbledon, onde levantou a 20ª taça de Grand Slam, o tenista de Belgrado foi elogiado mais uma vez por duas lendas do esporte, o alemão Boris Becker e o norte-americano John McEnroe.
Os dois ex-número 1 do mundo acreditam que Djokovic seguirá batendo recordes nos próximos anos antes de encerrar a carreira. “Acho que Novak provavelmente ganhará pelo menos quatro ou cinco Slams, mas tudo obviamente vai depender se ele conseguirá se manter saudável”, afirmou McEnroe.
“Há muita pressão sobre ele ultimamente e certamente está provando que consegue superar essas situações de muito estresse. Novak está tentando quebrar todos os recordes neste esporte. Espero que possa continuar neste nível por mais alguns anos", completou o norte-americano, apostando no domínio de Djokovic nos próximos anos a menos que alguém consiga elevar o nível.
Becker, que treinou o sérvio entre 2013 e 2016 também foi só elogios. “Novak estuda muito a história do tênis, sabe muito sobre Rod Laver, Bjorn Borg ou John McEnroe. Conhece quem fez o que no tênis e isso é muito importante. Não sei de onde tira motivação, mas ele compete para quebrar todos os recordes possíveis. Algo semelhante acontece com Rafa e Roger. É um sinal de verdadeira grandeza".
Ainda sobre a disputa de quem é o maior, McEnroe destacou que é algo comum no esporte. "É incrível que em todos os esportes haja esse debate. Messi ou Maradona? Jordan ou Lebron? No tênis temos três jogadores que coincidiram ao mesmo tempo e todos têm argumentos suficientes para classificar cada um como o melhor”, opinou.
“Muitos consideram que o melhor é aquele que conquistou o maior número de títulos de Grand Slam. Claro que é importante, mas acho que temos que olhar para outras coisas. Terminar o ano como o número um do mundo também é importante. Se alguém me dissesse quando eu estava jogando que haveria três caras que chegariam a 20 Grand Slams, eu teria dito a mesma coisa que disse o árbitro em 1981, não pode estar falando sério!”, finalizou o norte-americano.