Paris (França) - Mais uma vez a torcida francesa empurrou o atleta da casa Hugo Gaston no Masters 1000 de Paris, mas se nas oitavas de final ela ajudou seu tenista a buscar a virada contra o jovem espanhol Carlos Alcaraz, nas oitavas não foi suficiente para fazê-lo repetir a vitória, caindo em sets diretos diante do russo Daniil Medvedev, que reconheceu o clima difícil de se jogar no Palácio de Bercy.
“Pela forma como Gaston estava jogando aqui, sabia que precisava jogar meu melhor tênis. Era um clima de Copa Davis, encarar uma multidão contra é muito difícil. O primeiro set foi um milagre, mas é por isso que amamos o tênis. É normal que o público fique contra mim quando jogo contra um jogador francês, sem problemas, mas para o próximo jogo espero que eles possam me apoiar”, comentou o russo.
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Medvedev também falou sobre a comemoração em quadra logo após o fim da partida, em que colocou para fora os bolsos do short. “Foi uma piada com minha equipe, na verdade. Normalmente eu levanto minhas mãos e comemoro, mas esta foi na verdade uma celebração tanto para minha equipe quanto para mim. Não vou explicar, porque essa é uma piada interna”, disse o número 2 do mundo.
Ainda com alguma chance de terminar o ano como o melhor da temporada, o russo revelou não estar pensando muito no assunto. “Não tenho certeza das contas que teriam que ser feitas. Acho que poderia estar mais focado se tivesse vencido Indian Wells, mas não penso nisso porque não depende de mim. Vou tentar vencer todos os jogos possíveis”.
O russo destacou que além do bom desempenho de Gaston e da torcida o empurrando, a quadra lenta foi mais um fator que atrapalhou. “Quadras duras cobertas não são feitas para serem tão lentas. Então não sei por que eles tentam inventar coisas assim. Não tenho ideia do porquê, até porque no ano passado não estava assim”, finalizou Medvedev.