Sydney (Austrália) - A dura vitória sobre o gigante sacador Reilly Opelka recoloca Andy Murray na luta por um título de nível ATP, algo que não acontece desde outubro de 2019, na Antuérpia. Caso levante o 47º troféu da carreira, reaparecerá na segunda-feira entre os top 100 do ranking.
"É fantástico estar novamente numa final. O jogo contra Opelka foi muito duro, como sempre acontece. Depois do primeiro set, estava frustrado porque não lhe dei um só break-point e tive minhas chances, mas falhei no saque no tiebreak. A partir daí passei a ler melhor o saque dele. Estou feliz por ter me mantido tão sólido, procurei variar ao máximo o serviço", avaliou Murray sobre a vitória por 6/7 (6-8), 6/4 e 6/4
Ele enfrentará na final o russo Aslan Karatsev, que virou grande sensação após campanha justamente na Austrália no ano passado. "Só treinamos uma vez juntos e isso na fase de grama. Ele pega muito forte na bola, com golpes descomunais e certamente as condições aqui lhe agradam".
Questionado sobre sua possível evolução no ranking e o retorno ao top 100, o escocês diz que isso não é prioridade. "O importante é evoluir a cada torneio. Claro que chegar ao top 30 permitirá ser cabeça nos Grand Slam e evitar enfrentar um grande nome logo de cara, como aconteceu no US Open diante de Stefanos Tsitsipas. Portanto é muito positivo se subir no ranking".
Britânico comenta sobre indefinição do caso Djokovic
Murray soube ao longo do dia do segundo cancelamento do visto de Novak Djokovic, que mais tarde recorreu e adiou a decisão para o próximo domingo. "Eu não vou ficar chutando o Novak enquanto ele está caído, mas esta não tem sido uma boa situação para ninguém. Não conheço todos os detalhes do processo e não sei como se dará a apelação. Todos gostaríamos que isso se resolvesse logo. A sensação é que está tomando muito tempo, o que não é ideal para o tênis nem para o torneio".
O britânico no entanto reforçou que sua posição é favorável à vacinação. "Cada um pode tomar sua própria decisão, mas aqui na Austrália você precisar estar vacinado para entrar e competir, então obviamente a maioria dos jogadores fez isso, coisa de 98%, e isso é muito positivo. Sempre há consequências para as decisões tomadas. Quando tomei minha última dose em Londres, me disseram que os casos graves estavam ocorrendo com não vacinados".