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Orgulhoso, Murray reluta em mudar estilo de jogo
18/01/2022 às 09h31

Murray venceu uma batalha de cinco sets contra Basilashvili nesta terça-feira

Foto: Peter Staples/ATP

Melbourne (Austrália) - O escocês Andy Murray enfim voltou às vitórias no Australian Open, algo que não acontecia desde que atingiu as oitavas em 2017. Depois de superar maratona diante do cabeça 21 Nikoloz Basilashvili, ele se disse orgulhoso pelo empenho. O ex-número 1 do mundo agora se prepara para enfrentar o japonês vindo do quali Taro Daniel na próxima rodada em Melbourne. 

"Desde que voltei a jogar passei por alguns momentos de grande satisfação, mas em outros me senti desesperado por não estar rendendo o que poderia. Ganhar jogos como o de hoje e me ver com tanta disposição de competir diante de um top 25 me deixa muito orgulhoso de mim mesmo", afirmou o experiente jogador de 34 anos, que ainda luta para retornar ao top 100 do ranking.

Murray não disputava o Australian Open desde 2019, quando justamente anunciou a aposentadoria, que acabou adiada com uma nova tentativa cirúrgica. "Fiz um tremendo esforço para voltar a jogar aqui em Melbourne, inúmeros problemas depois da primeira cirurgia no quadril. Esta vitória me faz ver que todo o trabalho realizado valeu a pena".

Questionado se o ideal nesta altura da carreira não seria mudar o estilo de jogo, Murray afirmou que já discutiu isso muitas vezes com sua equipe. "O ideal para mim seria jogar pontos mais curtos e ser mais ofensivo, mas é difícil para mim mudar o estilo e ainda manter o equilíbrio no meu jogo", admitiu. "O circuito está muito parelho e, se atingir um nível top 20, terei jogos muito exigentes. Se encurtar os pontos, vou errar muito mais. Ao mesmo tempo, se a partida se alongar muito, não é bom para o físico. Talvez o caminho seja manter meu estilo mas jogar num nível mais alto".

Cinco vezes finalista no torneio, entre 2010 e 2016, sem jamais ter conquistado o título, Murray diz que a chave de sua evolução atual está nas pernas. "É muito importante para mim estar bem com o serviço, mas acima de tudo fica a mobilidade. Nos últimos tempos, não me mexia tão bem, mas agora voltei a fazê-lo de forma genial, naquele nível de quando venci o ATP da Antuérpia há dois anos. Estou cada vez mais perto do meu melhor nível".

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