Itajaí (SC) - Pouco mais de um mês depois de ser notificado pela Federação Internacional de Tênis (ITF) sobre uma possível violação ao programa antidopagem, Igor Marcondes anunciou nesta segunda-feira que chegou a um acordo com a entidade e ficará três anos longe do circuito. O paulista de 24 anos e atual 265º do ranking só poderá voltar a jogar a partir de março de 2025.
O afastamento de Marcondes se deu por problemas ao informar sua localização às autoridades antidopagem -o que é obrigatório para os jogadores, já que eles também realizam testes fora do período de competições- em três oportunidades durante o ano de 2021. Ele vivia a melhor fase da carreira, com dois títulos de challenger em Blumenau e Florianópolis nos últimos meses.
A pena de três anos para o tenista também aconteceu porque esta já é sua segunda violação ao programa antidopagem. Ele já havia sido suspenso por nove meses pela ITF em 2018, quando testou positivo para a substância proibida hidroclorotiazida, que entrou em seu organismo por contaminação cruzada de suplemento alimentar.
Ver essa foto no Instagram
"Como muitos já sabem, vai fazer dois meses que eu estou sem competir, por ter tido uma possível violação ao sistema do controle antidoping. Eu cometi três faltas, acabei não informando o local que eu estaria. O pessoal do doping veio fazer um teste surpresa e eu não estava. Não fiz por maldade, estava competindo e esqueci de avisar", disse Marcondes, em vídeo divulgado em suas redes sociais.
"Cometi um erro, acabei tomando essas faltas, e vou cumprir uma suspensão. Junto com o meu advogado, o Francisco, e o meu técnico, Patrício Arnold, fizemos um acordo com a ITF. Vou ficar três anos sem poder competir, sem poder treinar e sem fazer o que eu amo por um erro que cometi. Vou tentar dedicar mais tempo para mim e para minha família e viver uma vida normal", explica o tenista de 24 anos.
"Eu vinha de uma sequência boa de torneios e fui pego de surpresa. Peço desculpas à minha família, aos meus amigos, à minha equipe e meus patrocinadores. Isso não afeta só a mim, mas a todos que estão à vinha volta. Não quero parar com o tênis, não quero desistir, mas é o que tem que ser feito agora. Vão ser três anos para fazer outras coisas. E, a partir de 3 de março de 2025, vou poder voltar a competir, vou poder voltar a treinar e vou poder fazer o que eu amo".