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Kasatkina e Trevisan saem orgulhosas por semis
02/06/2022 às 22h07

Daria Kasatkina foi superada pela número 1 do mundo Iga Swiatek na semifinal desta quinta-feira

Foto: Corinne Dubreuil/FFT

Paris (França) - A quinta-feira de semifinais femininas em Roland Garros encerrou as participações de Daria Kasatkina e Martina Trevisan na competição. Ambas conseguiram os melhores resultados de suas carreiras em Grand Slam, e apesar da frustrações pelas derrotas, destacam os aspectos positivos.

Kasatkina teve a difícil missão de desafiar a número 1 do mundo Iga Swiatek, mas acabou sofrendo 6/2 e 6/1 da polonesa, que marcou a 34ª vitória seguida no circuito. "Foi um dos melhores torneios da minha vida. Primeira vez que chego a uma semifinal de Grand Slam. Apesar da derrota de hoje, estou muito feliz com meu nível e com tudo o que aconteceu nessas duas semanas. Ganhar jogos sempre dá confiança e, como diz meu treinador, vencer é o melhor remédio. Estou feliz com minha campanha.

'Não consegui controlar as emoções', diz Kasatkina
Vinda de outras três derrotas para Swiatek neste ano e com uma vitória sobre a polonesa no ano passado, a russa acredita que o fator emocional foi determinante para o resultado. "Para ser honesta, o jogo não foi tão diferente. O problema é que eu não consegui lidar com as emoções do mesmo jeito que consegui nos jogos anteriores.

"Antes da partida, eu não estava me sentindo mal, mas assim que entrei na quadra, não sei como descrever exatamente as emoções que senti. Mas não era habitual. Tenho que me acostumar com isso e tentar encontrar maneiras de gerenciar esse tipo de nervos. Vou tentar fazer melhor da próxima vez", complementou a jogadora de 25 anos.

Kasatkina também deu sua opinião sobre a razão para o domínio de Swiatek no circuito. "Acho que ela está se movimentando muito bem. Ela está alcançando muitas bolas. Quando você pensa que o ponto acabou, ela chega. Mas ela também está pegando a bola bem cedo, por isso é tão difícil jogar contra ela. Quando a jogadora está se movendo bem, ela pode transitar da defesa para o ataque. E durante a partida ela estava jogando cada vez melhor".

Trevisan vinha de três ótimas semanas no circuito

Já italiana Martina Trevisan, de 28 anos e 59ª do ranking, havia alcançado as quartas em Paris há duas temporadas e agora foi além. Ela perdeu a semi para a jovem norte-americana de 18 anos Coco Gauff por 6/3 e 6/1. "Hoje foi uma partida muito difícil e dura para mim, mas ela jogou um tênis incrível e se defendeu muito bem. Mas, como eu disse, cresci muito durante o torneio e estou muito feliz por chegar à minha primeira semifinal".

"Hoje o tempo estava diferente se comparado com o de dois anos atrás. O quique da bola era mais alto e mais rápido também. Coco jogava muito pesado, a bola estava muito pesada, e meu corpo hoje, não estava nas melhores condições. Eu não tinha a energia que normalmente tenho", explica a italiana, que vinha de dez vitórias seguidas e do título do WTA 250 de Rabat.

Trevisan, que chegou a ficar quatro anos longe do esporte, também destacou os pontos positivos. "Vou guardar todas as coisas positivas dessas três semanas, porque talvez todo mundo tenha esquecido meu título em Rabat, mas estou feliz. Eu cresci muito. Claro que o meu ranking mudou. Tenho que manter o foco no meu jogo, continuar lutando em todas as partidas, e aproveitar o momento. Quero aproveitar esse resultado, que é muito importante para mim.

A italiana já havia enfrentado Swiatek em Paris há dois anos e pôde falar sobre as duas finalistas. "Joguei com a Iga há dois anos, então acho que é diferente. Não é fácil compará-las agora, porque são muito jovens e impressionantes. Talvez elas sejam parecidas no forehand, que é muito pesado. É difícil jogar contra as duas (sorrindo).

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