Londres (Inglaterra) - Satisfeito com o bom desempenho apresentado na rodada de estreia em Wimbledon, Andy Murray já projeta o duelo da segunda rodada. O bicampeão do torneio desafia o norte-americano John Isner, gigante de 2,08m e um dos melhores sacadores do circuito. O britânico venceu todos os oito duelos anteriores e, historicamente, costuma se dar bem contra jogadores com essas características.
"Não sei exatamente por que meu retrospecto é assim contra esses caras. Eles são obviamente jogadores muito difíceis de enfrentar por causa da natureza de como as partidas acontecem. Você passa quatro ou cinco games de devolução sem nenhuma oportunidade no saque dos caras. Nem sempre há muito ritmo no jogo, por isso é difícil", avaliou Murray, durante a entrevista coletiva desta segunda-feira.
"Mas por alguma razão eu sempre joguei bem contra eles. Os confrontos foram bons para mim. Sim, joguei bem contra John no passado. Acho que nunca joguei com ele na grama antes, então é um desafio diferente. Ele já jogou bem aqui antes, esteve muito perto de chegar à final há alguns anos. Vou precisar jogar muito bem e certamente devolver um pouco melhor do que fiz hoje".
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O veterano de 35 anos e ex-número 1 do mundo precisou abreviar a temporada de grama por conta de uma lesão abdominal sofrida na final de Stuttgart, há pouco mais de duas semanas, mas acredita estar em boas condições de jogo. "Certamente estou em uma condição melhor do que quando joguei aqui no ano passado. E em termos de dor, certamente em um lugar melhor do que em 2017 quando joguei aqui. Mas não sei se ter uma grande campanha ou não. Tenho uma partida muito complicada na próxima rodada".
O britânico também comentou seu desempenho na vitória por 4/6, 6/3, 6/2 e 6/4 sobre o australiano James Duckworth. "Ele começou bem a partida. Tive algumas chances no primeiro set e não aproveitei. Acho que talvez não estivesse devolvendo tão bem quanto eu gostaria. Mas conforme a partida foi avançando, a minha devolução melhorou e isso mudou o jogo. Então isso me fez dar a volta por cima".
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Já sobre a estratégia de arriscar um saque por baixo, Murray comentou. "Ele mudou sua posição de devolução. É por isso que eu fiz isso. Ele estava tenho dificuldades para devolver o meu primeiro saque, e então deu ficou um ou dois metros mais para trás. Assim que o vi dar um passo para trás, joguei o saque por baixo. Pessoalmente, não tenho nenhum problema com os jogadores usando isso. Certamente mais e mais jogadores começaram a devolver mais atrás da linha de base para ter uma vantagem nas devoluções. O saque por baixo é uma maneira de dizer: Se você vai dar um passo atrás, eu possivelmente vou jogar assim".
Agora com 60 vitórias em 71 partidas disputadas na grama de Wimbledon, o bicampeão diz que não se importa caso tenha que jogar fora da Quadra Central na próxima rodada. "Eu jogo em qualquer quadra e não me importo. Onde quer que eles decidam me colocar, está tudo bem. Eu vou lidar com isso. Eu me sinto muito sortudo e sortudo por ter jogado tantas vezes na Quadra Central ao longo dos anos. Adoro jogar nessa quadra. Eu me sinto muito confortável aqui. Se eu tiver mais uma chance em alguns dias, ótimo. Mas se não, irei competir o máximo que puder, independente de qual quadra eu esteja".