Washington (EUA) - Depois de encerrar, em abril, o trabalho com o alemão Torben Beltz, que durou apenas cinco meses, a britânica Emma Raducanu continua sem um treinador fixo, mas começou a trabalhar com o russo Dmitry Tursunov antes do WTA 250 de Washington como teste, que deverá seguir na próxima semana no WTA 1000 de Toronto.
A parceria da atual campeã do US Open com o russo gerou algumas polêmicas. A primeira delas em relação ao que o próprio Tursunov disse sobre Raducanu meses atrás. “Se ela me ligar agora, vou ficar com medo porque não sei quando poderei ser demitido”, ironizou o ex-tpo 20 da ATP, criticando a britânica pelas recorrentes trocas de técnico
Também sobrou para a política, principalmente por conta das relações complicadas entre britânicos e russos depois da invasão da Ucrânia pelo regime de Vladimir Putin, que no tênis acabou gerando a proibição de russos e bielorrussos nas chaves de Wimbledon neste ano.
Chris Bryant, do Partido Trabalhista, resolveu se intrometer no assunto e polemizou. "O Kremlin usará isso como um golpe de relações públicas e é uma indicação de que o Reino Unido não se importa com a guerra na Ucrânia. Será uma pena se ela continuar com Tursunov", bradou o político britânico.
Dentro de quadra, a filosofia de Tursunov parece ter funcionado até agora. Ele teve sucesso com Aryna Sabalenka, ajudando-a a entrar no top 10 e também esteve ao lado de Anett Kontaveit no impressionante final de temporada de 2022 da estoniana, vencendo 29 de suas últimas 34 partidas, levantando quatro títulos e garantindo classificação para o WTA Finals.