Nova York (EUA) - Depois de se tornar o primeiro homem chinês a vencer uma partida de Grand Slam desde o começo da Era Aberta e o primeiro desde 1959, Yibing Wu conseguiu avançar um pouco mais no US Open e também passou pela segunda rodada, derrotando o português Nuno Borges em batalha de cinco set. Assunto dos mais comentados nas redes sociais da China, ele espera inspirar novos tenistas.

“Acho que é preciso ter uma primeira vez, para ocorrer uma segunda, uma terceira vez. Estou feliz por ser o primeiro cara a fazer história. Mas o mais importante é trazer esperança para todos os fãs chineses e crianças, para que possamos ter mais grandes jogadores em nosso país, o que acho que deveríamos ter há muito tempo”, afirmou o chinês de 22 anos.

Vindo do quali, Wu está ganhando 45 lugares com a campanha em Nova York, indo provisoriamente para a 129ª colocação, a melhor da carreira até então. “Só quero aproveitar cada partida que jogo sempre que estiver na quadra. Não vou começar a pensar em rankings, vou pensar no que faço. A classificação é apenas uma coisa. Se você estiver jogando bem, os pontos e até o dinheiro virão”, comentou.

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O chinês saiu de quadra contente com o que apresentou em seu segundo jogo no US Open. “Foi ótimo poder manter o nível até o quinto set. É difícil porque acho que só joguei uma vez na vida uma partida de cinco sets e esta foi a segunda. Estou feliz por mim”, destacou Wu, que na próxima rodada terá a árdua tarefa de enfrentar o russo Daniil Medvedev, atual campeão e número 1 do mundo.

Campeão do US Open juvenil em 2017, vencendo simples e duplas, ele está mais motivado do que nunca. “Acho que tem mais por vir, sinto que tenho esse nível, espero manter a saúde e continuar jogando mais Grand Slams. Quando você ganha o juvenil, quer jogar a chave principal depois. Estou feliz por ainda estar na disputa, quase na segunda semana. Não é ruim”.

Wu lamentou não ter conseguido jogar mais em Flushing Meadows desde sua conquista no juvenil. “Não pode jogar aqui nos últimos anos por causa da Covid-19. Eu simplesmente não tive a chance de sair do país e jogar os grandes torneios, nem mesmo challengers e futures”, explicou o chinês, que disse ter mantido a atividade em torneios internos, não competindo no circuito entre março de 2019 e janeiro de 2022.