Melbourne (Austrália) - Já estabelecido entre os principais nomes do circuito, entrando no top 10 depois da conquista do título de Paris no fim do ano passado, o dinamarquês Holger Rune vai se firmando cada vez mais no topo do circuito. Neste sábado, ele garantiu vaga nas oitavas de final do Australian Open ao bater o francês Ugo Humbert por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/2 e 7/6 (7-5), em 2h08 de jogo.
Logo em sua segunda participação no torneio, Rune alcança as oitavas pela primeira vez. Será a segunda vez que vai tão longe em um Grand Slam, fazendo história para o seu país. Ele será também o primeiro dinamarquês com múltiplas participações em oitavas, superando Torben Ulrich (US Open 1968) e Carlsen (Australian Open 1993), os outros dois que chegaram às oitavas na Era Aberta.
Para ir um pouco mais longe e igualar as quartas de Roland Garros no ano passado, sua melhor campanha nos quatro principais torneios do circuito, Rune terá que superar um grande teste na próxima fase. Ele medirá forças com Andrey Rublev, quinto favorito, contra quem jogou só uma vez e venceu, batendo o russo na caminhada para o título no Masters de Paris do ano passado.
Aos 19 anos e 275 dias, Rune se tornou o mais jovem a alcançar as oitavas do Australian Open desde 2012, quando o tenista da casa Bernard Tomic conseguiu o mesmo feito com 175 dias a menos.
Embora tenha sido o primeiro a enfrentar break-point contra, salvando um logo no segundo game, foi Rune o primeiro a quebrar, batendo o saque do rival no game seguinte. Ele repetiu a dose no sétimo, viu Humbert descontar uma das quebras no oitavo, mas manteve a outra até o final e levou o set inicial. O dinamarquês foi ainda mais dominante no segundo set, abriu 4/0 de cara e fechou depois sem sustos.
No terceiro set, Humbert sacou melhor, não cedeu um break-point sequer e teve a única chance de quebra da disputa, que não foi convertida. A definição foi então para o tiebreak, em que o dinamarquês fez valer o melhor desempenho e selou sua vitória. Rune teve duas bolas vencedoras a menos que o francês (26 a 28), mas cometeu 7 erros não forçados a menos (28 a 35).
