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Sem medo da pressão, Fonseca almeja o número 1
23/01/2023 às 07h00
Diego Diegues
Especial para TenisBrasil

Melbourne (Austrália) - O tênis brasileiro segue vivo no torneio juvenil do Australian Open. Principal destaque do país, João Fonseca avançou às oitavas de final, após derrotar tcheco Vit Kalina em sets diretos. Um pouco tímido e não acostumado com a imprensa, o carioca número 21 do mundo no ranking da ITF concedeu entrevista exclusiva a TenisBrasil após a vitória desta segunda-feira.

Cabeça de chave número 10 do torneio, Fonseca falou sobre a vitória na segunda rodada, e as suas expectativas para o Aberto da Austrália 2023. “Sabia que seria um jogo duro. Ele é um bom sacador e que bate bastante chapado, então conversei com meu treinador antes da partida e elaboramos um plano”, disse o brasileiro após a vitória por 7/5 e 6/3 nesta segunda-feira. Ele também avançou na chave de duplas, ao lado do belga Alexander Blockx.

Nas oitavas de final da competição, Fonseca terá pela frente o japonês Rei Sakamoto, que bateu o francês Tiago Pires de virada, com parciais de 4/6, 7/6 (7-4) e 6/4. “Eu joguei duplas com o Sakamoto no US Open, então o conheço muito bem. Mas quero focar na minha rotina, elaborar meu plano de jogo e me preparar o melhor possível", disse o carioca de 16 anos.

Acompanhado somente do seu treinador, Guilherme Teixeira, o tenista brasileiro explicou a decisão de jogar dupla com o belga Blockx, na qual são os cabeças de chave número 1. “Além de ser um bom jogador, somos muito amigos e já dividimos quarto juntos. No ano passado conversamos durante o US Open e decidimos jogar juntos aqui na Austrália”.

Fonseca também comentou sobre o convite para a chave principal do Rio Open, seu primeiro torneio ATP. "Não esperava, eu fiquei muito surpreso. Tenho certeza que vai ser uma experiência única com 16 anos de idade, e que espero repetir muitas vezes ao longo da carreira”, disse Fonseca, que antes da disputa do ATP, irá se juntar ao grupo de jogadores da Copa Davis, para um período de treino com os profissionais.

Por fim, o jovem jogador de 16 anos afirmou que não tem medo das comparações com Guga, e que se espelha em Roger Federer, por seu talento e elegância dentro de quadra. “Meu sonho é ser número um do mundo. Vou trabalhar duro para um dia chegar lá. Sei da pressão que existe dentro do tênis, mas preciso me manter tranquilo, focar no meu jogo e ser feliz dentro de quadra”, ressaltou Fonseca.

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