Melbourne (Austrália) - O excelente início de temporada de Aryna Sabalenka foi recompensado com seu primeiro título de Grand Slam em simples. A jogadora de 24 anos ampliou a série invicta para 11 partidas ao vencer neste sábado a cazaque Elena Rybakina por 4/6, 6/3 e 6/4 em 2h25 de partida. Além de conquistar o maior troféu da carreira, ela impediu que a atual campeã de Wimbledon vencesse seu segundo Slam.
Embora todos os quatro duelos entre essas duas jogadoras tenham sido definidos no terceiro set, Sabalenka mantém o perfeito retrospecto contra Rybakina no circuito. Também campeã de um WTA 500 em Adelaide há três semanas, ela só perdeu um set na temporada, justamente o primeiro deste sábado.
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A atual número 5 do mundo também chega ao 12º título no circuito da WTA e voltará à vice-liderança do ranking, igualando a melhor marca da carreira. Em Melbourne, quebrou uma incômoda barreira em torneios do Grand Slam, já que havia perdido as três primeiras semifinais que disputou, duas no US Open e outra em Wimbledon.
Apesar de ter disputado sua primeira decisão de Slam em simples, Sabalenka já tem conquistas desse nível nas duplas, e foi campeã do US Open de 2019 e do Australian Open de 2021 ao lado da belga Elise Mertens. A tenista chegou até mesmo a liderar o ranking entre as especialistas em duplas da WTA por seis semanas. Ela recebeu o troféu das mãos da lendária Billie Jean King, pioneira na luta por igualdade de premiações entre homens e mulheres no tênis profissional.
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Já a vice-campeã Rybakina vinha de três vitórias sobre campeãs de Grand Slam. A cazaque de 23 anos eliminou a número 1 do mundo Iga Swiatek nas oitavas, e depois venceu Jelena Ostapenko nas quartas e a bicampeã Victoria Azarenka na semifinal. Atual 25ª do ranking, ela finalmente entrará no top 10 a partir de segunda-feira.
Vale destacar que a edição passada de Wimbledon não contou pontos para o ranking, por ter banido os tenistas da Rússia e de Belarus, país natal de Sabalenka, posição adotada pela organização do evento por conta da guerra na Ucrânia. Nos demais eventos do circuito, tenistas desses países podem jogar sob bandeiras neutras e sem o uso de símbolos nacionais. Até por isso, Sabalenka se torna a primeira atleta neutra a vencer um Grand Slam.
17 aces e 51 winners para Sabalenka na final deste sábado
Ao corrigir um problema crônico que tinha no saque até o ano passado, Sabalenka disparou 17 aces na partida e contra 9 de Rybakina, e liderou a estatística de winners por 51 a 31. O número de erros não-forçados foi muito próximo, 28 a 25 para Sabalenka. A campeã criou 13 break-points na partida e conseguiu três quebras, e mesmo com sete duplas faltas, perdeu apenas dois games de serviço.
Saque de Rybakina no saque fez a diferença no 1º set
Como a própria cazaque já havia antecipado desde que venceu a Azarenka na semifinal, o desempenho nos games de saque era fundamental, não tanto pela força e velocidade de bola, mas sim por boas colocações. E a cazaque venceu o primeiro set tendo perdido só seis pontos em seus games de serviço.
First set to Elena 💪
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Rybakina leads Sabalenka 6-4 after 34 minutes in the women's singles final.#AusOpen • #AO2023 pic.twitter.com/gPuppdKjMt
Apesar de ter feito uma dupla falta logo no primeiro ponto da partida, Sabalenka se saiu bem no game de abertura e confirmou o serviço com dois aces. Do outro lado, Rybakina começou o jogo com três aces. Veio então a primeira quebra da partida, em game que a bielorrussa tinha 40-0. Bastou que alguns primeiros serviços não entrassem em quadra para que a cazaque passasse a mandar nos pontos desde as devoluções.
Desde a quebra, foram quatro games de domínio das sacadoras até Rybakina fazer 4/3. Já no oitavo game, Sabalenka pegou o tempo de bola dos saques no corpo utilizados pela rival. Fez duas boas devoluções, contou com alguns erros e aplicou uma ótima passada de backhand na paralela no break-point. Mas Rybakina recuperou a vantagem logo na sequência, aproveitando-se novamente das oscilações da rival com seu primeiro serviço. Pouco depois, tornou-se a primeira jogadora na temporada a tirar um set de Sabalenka.
Jogo ficou mais lento e com mais ralis a partir do 2º set
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Conforme a partida avançava, as condições de jogo ficavam mais lentas, por conta principalmente da umidade. E com a bola mais pesada, o saque passou a ser um fator menos determinante. O segundo set teve mais longos e sem tanto domínio das sacadoras. Apesar de a parcial ter apenas uma quebra, foram dez break-points disputados. Sabalenka teve sete chances, aproveitou uma delas, e escapou nas três vezes em que teve o serviço ameaçado. Ela fez 21 a 11 nos winners e cometeu 10 erros contra 6.
E a pressão constante da Sabalenka contra o saque da Rybakina rendeu ainda a primeira quebra do set decisivo. Até aquele momento, ela já havia criado 13 break-points na partida e quatro só no terceiro set, para liderara por 4/3 e saque. No game seguinte, chegou seu 16º ace na partida e fez 5/3. Rybakina ainda confirmaria seu último game de serviço e passou a pressão para o outro lado. Sabalenka escapou de um break-point com saque aberto e precisou de quatro match-points para chegar à maior vitória da carreira. Ao final da partida, as duas jogadoras se abraçaram junto à rede.
A simply sensational final 👏#AusOpen • #AO2023 pic.twitter.com/cjBcQNmGIk
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Quanto vale o título em Melbourne
O título em Melbourne vale 2,97 milhões de dólares australianos, o que equivale a US$ 2,11 milhões pela cotação atual, e 2 mil pontos no ranking. A vice-campeã recebe o equivalente a US$ 1,15 milhão e mais 1.300 pontos. Sabalenka já recebeu mais de US$ 12 milhões em premiações no circuito. Já Rybakina, que tem três títulos de WTA na carreira, acumula um prêmio de US$ 6,38 milhões.