Roma (Itália) - Um dos tenistas mais habilidosos do circuito, o italiano Fabio Fognini não começou bem a temporada, perdeu os dois jogos que disputou e agora tenta se recuperar fisicamente para retornar aos torneios só quando estiver bem. Em entrevista ao Corriere dello Sport, ele fez uma análise de sua carreira, que considera estar chegando ao fim, e também destacou a figura do sérvio Novak Djokovic.
O italiano elogiou Djokovic e sua conquista no Australian Open, dando a volta por cima após ter sido deportado do país em 2022. “Depois de tudo o que aconteceu no ano passado em Melbourne, ‘Nole’ voltou e deixou sua marca. Ele, Roger (Federer) e Rafa (Nadal) monopolizaram o circuito e escreveram a história desse esporte”, comentou Fognini.
“Nole é o mais forte e os números provam isso, mas também é o menos amado dos Big 3. É difícil encontrar um adjetivo adequado para isso. No ano passado, ele perdeu dois Slams e quatro Masters 1000, mas ainda assim conseguiu se classificar para o ATP Finals”, acrescentou o atual 62 do mundo.
Ao falar sobre sua carreira, Fognini lamenta algumas escolhas, mas garante que o lado mental não foi um problema. “Meu maior erro foi não conseguir explorar totalmente meu potencial físico. Percebi isso um pouco tarde, especialmente agora que estou jogando com caras que têm quase metade da minha idade. Olhando para trás, acho que não lidei bem com as muitas lesões com as quais tive de lidar”, analisou.
“Alguém no meu lugar teria dito o aspecto mental, mas tenho a opinião oposta sobre isso. Talvez se não fosse assim, provavelmente não teria alcançado esses resultados. Cada um de nós é diferente com seus pontos fortes e fracos”, complementou o italiano de 35 anos.
Fognini espera ter condições de voltar no ATP 250 de Buenos Aires, onde sempre se sentiu em casa. “É um torneio que aprecio muito. Na Argentina sempre me senti amado. No entanto, não quero arriscar, só vou jogar se os médicos me derem luz verde”, contou o italiano.
Na reta final de carreira, ele sabe bem qual o último grande objetivo antes de se aposentar. “Antes de me despedir, gostaria de ganhar mais um torneio para chegar a dois dígitos. Não me preocupo tanto com a cidade ou com o tipo de torneio, se 250 ou 500, mas para mostrar a mim mesmo que continuo sendo um jogador competitivo de alto nível”, finalizou o dono de 9 títulos de ATP.