Doha (Qatar) - Pela primeira vez em quatro tentativas, Maria Sakkari conseguiu superar Caroline Garcia no circuito, e assim chegou à semifinal do WTA 500 de Doha. A grega precisou lutar por 2h41 nesta quinta-feira e venceu um jogo duríssimo por 6/2, 6/7 (7-5) e 7/6 (7-5). Com ótimo desempenho no saque, a atual número 7 do mundo não sofreu quebras e escapou de todos os três break-points que enfrentou na partida.
"As condições estavam muito difíceis para nós duas. Mas acho que nós duas jogamos muito bem, especialmente no segundo e no terceiro set. Conseguimos manter os saques e não dar chances de quebra. Isso é algo que não se vê com frequência no tênis feminino", disse Sakkari após a partida. "Foi muito difícil para mim encontrar meios de quebrar o saque dela, e o tiebreak do terceiro set foi especial. Eu fui corajosa, diferente do que havia acontecido no segundo set e estou muito feliz por ter vencido".
NERVES OF STEEL ⚔️@mariasakkari sets up a last four showdown against Pegula with a 6-2, 6-7(5), 7-6(5) victory over Garcia!#QatarTennis pic.twitter.com/w9Kgh11jyU
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Apesar de ter apenas um título de WTA, conquistado no saibro de Rabat em 2019, Sakkari vai em busca da oitava final na carreira. A adversária na semifinal marcada para às 10h30 (de Brasília) desta sexta-feira será a norte-americana Jessica Pegula, número 4 do ranking e algoz da brasileira Beatriz Haddad Maia nas quartas. A grega lidera o histórico de confrontos por 4 a 2. "Já jogamos uma contra a outra algumas vezes, inclusive aqui no ano passado, e tambem na final de Guadalajara. Ela está em ótima fase, devolve tudo na quadra e bate reto na bola. Tenho que me recuperar a fazer o meu melhor".
A segunda semifinal acontece na sequência. Líder do ranking mundial e atual campeã do torneio, Iga Swiatek enfrenta Veronika Kudermetova, 11ª colocada. A polonesa lidera o histórico de confrontos por 2 a 0. Aos 21 anos, Swiatek tem 11 títulos no circuito da WTA e busca sua 14ª final na carreira. Já Kudermetova venceu apenas um título em Charleston em 2021 e tenta alcançar sua sexta final aos 25 anos.
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No encontro entre duas jogadoras de estilo agressivo e muita potência nos golpes, a adaptação às condições era fundamental em uma dia de muito vento em Doha. Muito bem preparada fisicamente, Sakkari conseguia ser mais consistente em quadra, chegava em todas as bolas e oferecia espostas para tudo o que Garcia tentava no primeiro set. Ela não enfrentou break-points e colocou pressão constante sobre os games de saque da francesa para conseguir duas quebras.
O segundo set foi inteiramente dominado pelas sacadoras, que passaram o tempo todo sem sofrer quebras. Garcia tentou mudar o ritmo da partida, apostando em slices de forehand e backhand, e também em subidas à rede. A francesa chegou ao set-point quando vencia por 5/4, mas Sakkari se salvou e confirmou o serviço antes de forçar o tiebreak. Quando estava miuito perto da vitória, a grega cometeu dois erros seguidos com o backhand, permtindo a Garcia fechar o set. Nas estatísticas, Garcia fez 18 a 10 em winners e 15 a 8 em erros na parcial.
A parcial decisiva também seguiu inteiramente sem quebras, e desta vez não houve nem mesmo um break-point. Sakkari começou o tiebreak perdendo por 3-1, mas conseguiu ser mais consistente nos ralis de fundo e esperar o melhor momento para a definição dos pontos. Depois de buscar o empate por 4-4, ficou o tempo todo à frente no placar e definiun a partida na segunda oportunidade. A grega terminou o jogo com 30 winners e 21 erros, enquanto Garcia anotou 43 bolas vencedoras e cometeu 44 erros não-forçados.
