St. Petersburg (EUA) - A WTA anunciou na quinta-feira que as competições retornarão à China nesta temporada, embora continue sem ter uma chance de se encontrar pessoalmente com Shuai Peng e também sem a investigação completa e transparente das acusações de agressão sexual por parte da tenista contra um político de alto escalão do governo.
O presidente da WTA, Steve Simon, disse em entrevista à Associated Press que, apesar do que ele buscava nunca tenha sido entregue, a decisão de retornar ao país foi tomada e contou com a contribuição de jogadores e representantes dos torneios.
“A postura que assumimos na época foi apropriada. E nós defendemos isso. Mas 16 meses depois disso, estamos convencidos de que nossos pedidos não serão atendidos. E continuar com a mesma estratégia não faz sentido. Então, precisávamos olhar para uma abordagem diferente. Com isso, nossos membros acreditam que é hora de retomar o circuito na China”, explicou Simon.
“Acreditamos que podemos continuar fazendo uma diferença positiva, como temos feito nos últimos 20 anos, ao mesmo tempo em que garantimos que Peng não seja esquecida. Ao retornar, esperamos que mais progressos possam ser feitos”, acrescentou o principal dirigente da WTA.
Mesmo que não haja relatos de aparições públicas de Peng desde que foi orquestrada uma exposição da ex-número 1 do mundo durante os Jogos de Inverno de Pequim, em fevereiro de 2022, Simon disse que a WTA “recebeu garantias de pessoas próximas a ela, com as quais estivemos em contato, que ela está segura e morando com sua família em Pequim”.
A programação na China deve ser revelada nas próximas semanas, disse Simon. Ela começará em setembro e incluirá o WTA Finals em Shenzhen e outros eventos semelhantes aos que foram disputados em 2019, antes que a pandemia de coronavírus levasse a uma rodada de cancelamentos.