Roma (Itália) - Pela terceira vez na temporada, Elena Rybakina disputará uma final de WTA 1000. Depois de ter conseguido um título em Indian Wells e o vice-campeonato em Miami no piso duro, a cazaque também consegue um bom resultado no saibro e garantiu lugar na decisão de Roma. Número 6 do mundo, Rybakina completou a vitória sobre a letã Jelena Ostapenko, 20ª do ranking, por 6/2 e 6/4, vencendo os últimos quatro games nesta sexta-feira, depois de uma paralisação por chuva que durou aproximadamente uma hora.
Atual campeã de Wimbledon, Rybakina está com 23 anos e ocupa o melhor ranking da carreira. A cazaque, que entrará no top 5, pode chegar ao quarto lugar em caso de título. Ela tem quatro títulos no circuito e disputará a 14ª final da carreira, a quarta da temporada. Além desses três WTA 1000, ela também foi vice do Australian Open em janeiro.
Sua adversária neste sábado às 14h (de Brasília) será a ucraniana Anhelina Kalinina, 47ª do ranking. Kalinina venceu o único duelo anterior entre elas, disputado no ano passado em Charleston.
Superada na semifinal, Ostapenko vinha de vitórias bastante expressivas em Roma. A campeã de Roland Garros de 2017 havia eliminado Barbora Krejcikova, Daria Kasatkina e Paula Badsoa. A ótima campanha nas quadras de saibro da capital italiana rende a recuperação de três posições para a letã de 25 anos.
Rybakina conseguiu se adaptar às condições mais pesadas
Em um encontro entre duas tenistas de características de jogo parecidas, o fato de Rybakina já ter feito três partidas à noite, e todas elas no estádio principal de Roma, foi importante para que ela tivesse um pouco mais de tempo de bola no primeiro set.
A cazaque se mostrava mais adaptada às condições mais lentas e pesadas da superfície e dominou o set inicial. Ela conseguiu duas quebras e escapou de três break-points quando sacava para fechar. Ostapenko fez 12 a 8 em winners, mas cometeu 13 erros contra 8 de Rybakina.
Ostapenko, que precisou de tempo para se adaptar à quadra e já tinha terminado bem o primeiro set, começou a segunda parcial com tudo. Com uma sequência de winners, principalmente de forehand, a letã saiu vencendo por 3/0. Ela chegou a liderar por 4/1. E naquele momento, a partida já tivera algumas paradas para secar as linhas. Pouco depois, com a chuva mais forte, as jogadoras foram orientadas a irem aos vestiários.
O jogo voltou depois de nove minutos de paralisação, com Ostapenko no saque. Não houve período de reaquecimento em quadra. Na volta, a letã cometeu erros não-forçados e ficou com 15-40 no saque. Ela conversou com a árbitra de cadeira Miriam Bley, que determinou novamente a suspensão da partida.
Quando a partida foi retomada, Rybakina se mostrou muito melhor ambientada às condições de jogo. Logo de cara, quebrou o serviço de Ostapenko, e ganhou confiança. A cazaque venceu os últimos quatro games e consolidou a virada. A letã até fez mais winners no jogo, 26 a 12, mas cometeu 33 erros não-forçados contra só 16 da cazaque.