Paris (França) - Depois de passar tempos sombrios, convivendo com a depressão, o francês Lucas Pouille tenta dar a volta por cima no circuito e espera conseguir um embalo em Roland Garros, onde estreou no qualificatório na última segunda-feira, com uma boa vitória sobre o tcheco Tomas Machac, com parciais de 7/5 e 6/4.
"Cheguei na Roland Garros com pouquíssimas certezas e quase zero vitórias. Mas trabalhei bem e optei por não ir a Bordeaux para me preparar bem. Ficamos aqui para treinar e estou muito feliz com a partida que enfrentei contra um jogador muito bom e que teve ótimos resultados", comemorou Pouille em entrevista ao L'Equipe.
Vestindo uma camisa em homenagem ao título de Yannick Noah em 1983, ele tem uma motivação extra para fazer bonito em Paris. "Atrás está escrito as iniciais dele, não sei se isso ajuda mas se puder me fazer ganhar Roland garros, seria fantástico, mas bem, no momento não estou neste nível", comentou o ex-top 10, que atualmente é apenas o 670º do mundo.
"Sempre temos essa vontade de fazer bem em Roland Garros diante do público. Sabemos que são muitos, querem nos apoiar, querem que vençamos. Quando há todas essas pessoas que estão desde a entrada da quadra até atrás e cantando meu nome, é claro que é ótimo", acrescentou o francês de 29 anos, que agora terá pela frente o taiwanês Tseng Chun-Hsin.
Questionado sobre o período de depressão, ele contou que todos os dias não sentia bem, mas destacou que conseguiu superá-lo. "Agora acabou, ficou para trás, mesmo que às vezes eu pense nisso. Isso me serve e me dá mais força do que qualquer outra coisa", falou Pouille.