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Pegula deseja valorizar as suas raízes coreanas
30/05/2023 às 06h40

Pegula venceu sua partida de estreia em Roland Garros no último domingo

Foto: Julien Crosnier/FFT

Paris (França) - A norte-americana Jessica Pegula, atual número 3 do mundo, é uma bem-sucedida representante da comunidade asiática nos Estados Unidos. Filha de mãe sul-coreana, ela espera promover a conscientização sobre as relações entre cultura e esportes.

Sua mãe Kim nasceu em Seul e foi abandonada do lado de fora de uma delegacia de polícia por seus pais biológicos. Ela foi adotada por uma família americana aos 5 anos de idade e cresceu em Nova York. "Eu não sei muito sobre minha herança porque ela realmente não queria saber muito e ela realmente não cresceu nisso", disse Pegula em entrevista ao site da WTA.

Quadrifinalista de Roland Garros no ano passado, Pegula abriu sua campanha com vitória por 6/4 e 6/2 sobre a compatriota Danielle Collins no domingo e enfrentará a italiana Camila Giorgi na segunda rodada.

A primeira viagem de Pegula à Coreia também foi a primeira viagem de sua mãe de volta a Seul. Pegula jogou o WTA 250 local em 2019 e visitaram o orfanato onde sua mãe foi acolhida.

"Acho que essa experiência me fez perceber a importância da minha herança", disse Pegula. "Os asiáticos amam outros asiáticos e os coreanos a amavam. Ela não fala coreano, mas eles ficaram muito orgulhosos. Foi nessa época que comecei a perceber o quanto isso era importante."

 
 
 
 
 
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A carreira pioneira de sua mãe como executiva esportiva e a sua própria ascensão no ranking mundial para se tornar a americana mais bem classificada cristalizaram a importância de ser vista.

"Às vezes esqueço o impacto que você tem nas pessoas", disse Pegula. "Especialmente quando vejo uma jovem coreana ou família, eles vêm até mim e amam minha mãe e me amam apenas porque se veem sendo representados em um palco maior ou em uma área onde não há muitos asiático-americanos. muito menos mulheres asiático-americanas, especialmente nos esportes. Você percebe a importância da representação."

Quando Kim se tornou presidente do Buffalo Bills da NFL e do Buffalo Sabres da NHL, ela foi a primeira mulher e asiática-americana a deter esse título em qualquer uma das ligas. Ela passou a se juntar ao Comitê de Diversidade na NFL e ao Conselho Executivo de Inclusão da NHL.

Pegula segue o exemplo da mãe. Ela é membro do Conselho das Jogadoras da WTA desde 2020 e recentemente ingressou na Associação de Tênis Asiático-americana e ilhas do Pacífico como membro fundador do conselho de administração.

"Embora eu não tenha crescido totalmente coreana", disse Pegula, "é algo que agora acho que eu, minha família e minha irmã também queríamos aprender mais, porque percebemos o quão importante é para aqueles que vêm aqui e aqueles que estão na Ásia. Eles nos veem com diferentes olhos, representando-os quando não há muitos de nós."

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