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'Bia é uma fera, eu a amo', enaltece Jabeur
07/06/2023 às 10h40

Paris (França) - Eliminada nas quartas de final de Roland Garros por Beatriz Haddad Maia, a tunisiana Ons Jabeur rasgou elogios à brasileira. Além de exaltar Bia, ela comparou a sua própria trajetória com a da canhota paulista e destacou o melhor preparo físico da adversária no confronto desta quarta-feira em Paris.

"Nunca é fácil jogar com a Maia, ela foi muito bem e provavelmente jogou mais do que eu. Ela é uma fera, e lhe desejo tudo de bom. Estou muito feliz por ela e pelo Brasil, e espero que possa fazer muito mais por seu país. Eu sinceramente amo muito a Maia, e chorei com ela nas últimas batalhas que venceu. Espero que ela possa ganhar um Grand Slam um dia", revelou a tunisiana.

"Pelo que está fazendo, sinto que nossas histórias são um pouco semelhantes. Historicamente, o Brasil teve mais jogadores do que a Tunísia. Mas eu entendo de onde ela vem, é um país talvez mais conhecido pelo futebol do que pelo tênis. Eu entendo essa pressão, mas ela está lidando muito bem e está fazendo muito para inspirar cada vez mais meninas", explicou a jogadora de 28 de anos.

 
 
 
 
 
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Do ponto de vista físico, Jabeur revelou as dificuldades que passou para chegar em boas condições em Paris depois de sofrer uma lesão na panturrilha na semifinal de Stuttgart. Por conta disso, ela não pôde defender o título do ano passado em Madri e caiu na estreia em Roma.

"Ela estava fisicamente mais preparada do que eu. Não tive muito tempo para me preparar para a temporada de saibro, que é mais físico do que qualquer outra superfície. Não esperava estar nas quartas de final, especialmente porque este foi praticamente o meu primeiro torneio depois de me machucar. Acho que voltei depressa para o circuito, mas é porque queria estar pronta para jogar aqui. Talvez eu não tenha tido tempo suficiente para me preparar, mas dei o meu máximo em um curto período de tempo", disse a sétima colocada no ranking da WTA.

Sobre sua eliminação em Roland Garros, a tunisiana se arrepende de não ter tido mais atitude para tentar vencer o jogo em sets diretos. Na segunda parcial ela chegou a ter dois break-points no 5/5, algo que poderia ter sido decisivo para o seu lado, mas não concretizou a quebra e viu a brasileira reagir e vencer pelo placar 3/6, 7/6 (7-5) e 6/1, em 2h31.

"Eu sempre quero vencer em dois sets. Penso que talvez devesse ter sido mais agressiva ou entrado mais no segundo set, especialmente porque tive minhas chances no 5/5. Nunca é fácil. Tentei não me arrepender das coisas porque elas doem à noite e não te deixam dormir bem, mas isso é o tênis, infelizmente. A única coisa que talvez eu devesse ter feito é ser mais agressiva no segundo set", analisou.

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