Desde que realizou o sonho da liderança, em julho de 2011, Novak Djokovic já passou nove vezes pelo topo do ranking ao longo desse período de 12 temporadas.
Nesta segunda-feira, irá tirar o espanhol Carlos Alcaraz do trono pela terceira vez somente em 2023 e totalizará 388 semanas como líder, de longe a maior marca do tênis profissional, incluindo as mulheres.
A vantagem atual de 420 pontos só poderá ser recuperada caso Alcaraz dispute e vença algum dos torneios de nível 500 sobre a grama, previstos para antes de Wimbledon, já que Nole tradicionalmente não faz preparatórios para o Slam da grama.
Como Wimbledon não contou pontos para o ranking no ano passado, em retaliação da ATP pela exclusão de russos e bielorrussos, todos os tenistas apenas somarão pontos no All England Club, prevendo-se portanto nova briga pela posição.
O histórico de Djokovic
O sérvio assumiu o posto pela primeira vez em 4 de julho de 2011, ao conquistar seu primeiro e tão sonhado título em Wimbledon. Passou 53 semanas até ser superado pro Roger Federer e só voltaria ao topo em 5 de novembro de 2012, às vésperas do Finals. Daí seria outra sequência de 48 semanas.
Rafael Nadal interrompeu a série em outubro de 2013 até que Nole voltasse ao posto em julho de 2014. Passou então seu maior período como coadjuvante, primeiro para Andy Murray e depois para Nadal e Federer. Em 5 de novembro de 2018 enfim recuperou a ponta e permaneceria ali 42 semanas, com breve interrupção de Nadal, mas retomada em fevereiro de 2020.
Até fevereiro de 2022, somou mais 86, porém teve o período congelado da pandemia não contabilizado. Daniil Medvedev o sucederia brevemente, Djokovic recuperou em março e trocou de novo com o russo em junho.
Por fim, começou a disputa com Carlos Alcaraz. O espanhol se tornou o mais jovem número 1 da história ao ganhar o US Open, em setembro do ano passado, e perdeu o lugar para o sérvio em 30 de janeiro, após o 10º troféu no Australian Open. Os reinados daí em diante têm sido curtos, com sete para Djokovic, 2 para Alcaraz, mais sete para Nole e por fim mais três do espanhol.