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Andreeva evita comparações com Raducanu
09/07/2023 às 14h27

Londres (Inglaterra) – Com apenas 16 anos de idade, a russa Mirra Andreeva disputa em Wimbledon apenas o segundo Grand Slam da carreira. Vinda do quali, ela atingiu a terceira rodada na chave principal de Roland Garros e agora já está nas oitavas de final em Londres, depois de novamente disputar o qualificatório para entrar no torneio.

Apesar da pouca experiência como profissional, Andreeva já bateu duas cabeças de chave (Barbora Krejcikova e Anastasia Potapova) na campanha em Londres e terá mais uma favorita pelo caminho, a norte-americana Madison Keys, 25ª pré-classificada. Diante de todos esses desafios, a jovem tenista já desperta algumas comparações com a britânica Emma Raducanu, única pessoa na Era Aberta a conquistar um Grand Slam vinda do quali, no US Open de 2021, aos 18 anos.

Questionada sobre o quanto a história de Raducanu a inspira a repetir a façanha agora em Wimbledon, Andreeva enfatizou que prefere manter a cabeça no lugar e evita se comparar à campeã do Grand Slam norte-americano há duas temporadas.

"Ela fez um trabalho incrível. Todos ficaram impressionados e acho que ela também ficou impressionada por passar nas eliminatórias e vencer um Slam aos 18 anos. Foi incrível. Mas eu tento não pensar nisso. Acho que isso vai me perturbar, todos esses pensamentos. Não penso até onde já fui ou em qual rodada estou jogando, contra quem estou jogando. Eu apenas tento jogar todos os pontos, não importa contra quem ou em qual rodada."

Além de não criar expectativas para a sequência da competição, a jovem russa ainda revelou que não esperava ir tão longe no All England Club, já que ainda não havia disputado uma partida na grama. "Honestamente, não pensei nisso. Quando joguei minha primeira partida no quali, simplesmente não tinha expectativas porque era minha primeira partida na grama. Eu apenas tentei dar tudo na quadra. Desde aquela primeira partida, encontrei o ritmo certo. Agora está funcionando muito bem, posso dizer", afirmou.

Andreeva ainda comentou sobre os aprendizados que tirou da experiência em seu primeiro Grand Slam e que levou para a disputa em Wimbledon. "Depois de Paris eu tive uma longa conversa comigo mesma. Não sei, percebi algumas coisas e tomei decisões que acho que agora são importantes para mim. Acho que fiz um bom trabalho, porque até agora tudo está funcionando", disse.

Por fim, ela tentou explicar quais decisões exatamente foram essas. "Tudo, tudo. [Entender] qual é a decisão certa no momento certo na quadra, o que fazer se eu estiver perdendo por 1/5 e 0-40, por exemplo. Não sei, quase tudo em termos de tênis e questões mentais", completou.

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