Londres (Inglaterra) - Semifinalista de Wimbledon, Aryna Sabalenka está a uma vitória de se tornar a nova número 1 do mundo, e assim cumprir uma das promessas que havia feito ao pai, Sergey, que faleceu no fim de 2019 aos 43 anos. A tenista tinha o objetivo de, aos 25 anos, ter mais de um título de Grand Slam e chegar ao topo do ranking.
Sabalenka havia falado sobre essa promessa em um dos episódios da temporada de Break Point, série documental sobre tênis da Netflix. "Perdi meu pai há quatro anos. Tínhamos um sonho: Que até os 25 eu ganhasse alguns Grand Slams. E quando ele faleceu, comecei a pensar muito sobre isso".
In Break Point, Aryna Sabalenka introduces herself as '24 years old already', leaving us wondering...
Later, she opens up about losing her dad at age 21 and the goal they had set for her: Win two Slams by age 25
No doubt her second Slam, whenever it comes, will be extra special pic.twitter.com/8ia0wSyJt1— Bastien Fachan (@BastienFachan) June 23, 2023
A atual campeã do Australian Open completou 25 anos em maio e também falou sobre esses objetivos em entrevista ao site da WTA, ainda em 2020. "Meu pai queria que eu fosse a número 1, então é isso que está me ajudando a ser forte agora".
Após a vitória desta quarta-feira em Wimbledon sobre a norte-americana Madison Keys por 6/2 e 6/4, Sabalenka foi perguntada sobre a proximidade de alcançar esses objetivos. "Eu quero os dois (sorrindo). Mas estou tentando focar em mim porque sei que se eu começar a pensar em tudo isso, vou perder o foco na quadra e no meu jogo".
"Depois veremos se estou pronta para ser a número 1 do mundo ou se estou pronta para jogar outra final", acrescenta a bielorrussa, que chegou pelo menos às semis nos últimos quatro torneios do Grand Slam. "Sinto que estou entre as melhores. Há outras grandes jogadoras no circuto. Quero dizer, não é como se eu fosse a melhor agora".
Depois de ter dominado o primeiro set com duas quebras, Sabalenka precisou mostrar poder de reação na segunda parcial. Ela perdia por 4/2 e reagiu vencendo quatro games seguidos. "Ela jogou um tênis inacreditável durante toda a partida. Quando ela estava sacando com 4/2 e 40-0, eu já dia a mim mesma que estava tudo bem jogar o terceiro set. Apenas tentei colocar um pouco mais de pressão sobre para que ela não sintisse muita confiança no terceiro set. Eu estava apenas tentando o meu melhor. Para minha sorte, ganhei aquele game de alguma forma e virei o set".
Duelo contra Jabeur na semi e ausência na edição passada
A adversária da semifinal desta quinta-feira será a tunisiana Ons Jabeur, finalista no ano passado e sexta colocada no ranking. Sabalenka lidera o histórico por 3 a 1. "Ela tem muita habilidade, especialmente na quadra de grama. Todos os seus slices e dropshots funcionam muito bem aqui. Sinto também que ela é muito forte mentalmente. Ela está fazendo a história. Acho que essa é a maior motivação para ela. É por isso que ela está indo muito aqui em Wimbledon".
Esta é a segunda vez que Sabalenka disputa a semifinal de Wimbledon, repetindo o resultado de 2021. Ano passado, ela não pôde jogar, devido ao banimento dos tenistas da Rússia e de Belarus. "Fiquei muito triste, mas ao mesmo tempo pensei: 'Ok, é um bom momento para descansar e começar tudo de novo'. Eu estava com muita dificuldade para sacar e com um monte de coisas na cabeça. Eu apenas aproveitei esse tempo como uma boa preparação e isso me ajudou no US Open. Aí comecei a acreditar mais em mim e comecei a jogar melhor. Emocionalmente, também me sinto melhor. Acho que esse período me deu muita fé em mim mesma".
