Paris (França) - Último Masters 1000 da temporada, Paris sempre foi um dos eventos mais prestigiados do circuito. A luta decisiva por um lugar entre os melhores do ranking e especialmente a batalha apertada por vaga no ATP Finals de Londres atraem jogadores empenhados, lotam arquibancadas e têm jogos acompanhados de perto pelos entusiastas das apostas em tênis.
Mas não será apenas a chave de simples e seus valiosos pontos que promete grandes duelos nesta edição de Bercy, que dá largada na segunda-feira no ginásio de Bercy. Os promotores se empenharam e conseguiram reforçar a chave de duplas com uma série de nomes do top 10, que por sua vez escolheram alguns parceiros também de qualidade.
O número 1 Novak Djokovic, sem competir desde a conquista do US Open, jogará ao lado do compatriota Miomir Kecmanovic. Já o ascendente Jannik Sinner, agora quarto do mundo, convidou o veterano Stan Wawrinka. Também promete o dueto russo de Andrey Rublev e Karen Khachanov. Duas parcerias jovens podem ter sucesso: Ben Shelton, que acaba de ganhar Tóquio, se juntará ao tcheco Jiri Lehecka e Sebastian Korda escolheu Felix-Auger Aliassiame.
Alexander Zverev é outro top 10 inscrito, mas ele retomará o dueto com o mineiro Alexander Zverev e portanto os dois prometem melhor entrosamento. Outros três jogadores sul-americanos de ponta aceitaram entrar nas duplas: Francisco Cerúndolo entra com Tomas Etcheverry e Sebastian Baez chamou o italiano Lorenzo Musetti.
Difícil aposta na chave de simples
Com dotação de quase 6 milhões de euros, Paris recolocará em disputa o número 1 da temporada entre Djokovic e o espanhol Carlos Alcaraz. O sérvio é o atual vice-campeão e defende 600 pontos, enquanto o espanhol parou nas quartas de final, retirando-se por contusão diante de Holger Rune, e somou portanto 180.
Com seis títulos em Bercy, Djokovic tem o favoritismo natural, mas as apostas podem incluir dois russos. Daniil Medvedev foi o campeão de 2020, enquanto Karen Khachanov faturou em 2018. O único outro vencedor na chave deste ano será o escocês Andy Murray, que ergueu o troféu em 2016.
De olho na nova geração
Rune fez uma campanha notável no ano passado. Desde a estreia, em que tirou Wawrinka no sufoco, ele conquistou vitórias de peso, eliminando Hubert Hurkacz, Rublev, Alcaraz e Aliassime antes de por fim destronar de virada Djokovic. Seu setor da chave tinha Medvedev, que foi inesperadamente batido por Alex de Minaur na segunda rodada, e Taylor Fritz, batido pelo veterano Gilles Simon e uma ruidosa torcida.
A temporada 2023 no entanto tem sido ruim para o dinamarquês, que trouxe Boris Becker para o time na expectativa de enfim chegar ao Finals de Turim. Ele corre até mesmo o risco de deixar a faixa dos top 10 com uma derrota precoce em Paris.
Sinner por seu lado teve uma campanha apagada no ano passado, batido ainda na estreia pelo suíço Marc-Andrea Huesler, vindo do qualificatório. e com isso perdeu a chance de enfim entrar diretamente no Finals. Ele havia jogado em 2021 como reserva e fez dois jogos graças a desistência. Desta vez, está garantido em Turim e isso pode deixá-lo mais solto.
Quem subiu muito nas odds, as chamadas linhas de favoritismo oferecidas pelas casas de apostas, foi Shelton. O canhoto de 21 anos parece em excelente estado físico para esta reta final de temporada e não é um nome a se descartar como possível candidato à oitava vaga do Finals.