São Paulo (SP) - Assim como aconteceu no Rio Open, o cearense Thiago Monteiro mais uma vez derrubou um importante nome em sua estreia, desta vez no Brasil Open. Se o adversário da semana passada era o top 10 Jo-Wilfried Tsonga, nesta terça-feira a vítima foi o espanhol Nicolás Almagro, tricampeão do torneio que é disputado pela primeira vez no Esporte Clube Pinheiros.
Convidado da organização, o canhoto de 21 anos mostrou que o bom resultado da semana anterior já o deixa mais firme em quadra. "Essas vitórias me dão muita confiança", reforçou Monteiro, que já no Rio havia destacado este fato. O que ele trouxe de novo após o triunfo em sets diretos sobre o espanhol top 50 foi uma ajuda recebida durante a pré-temporada.
"Bellucci tem me dado muito apoio nesse ano na pré-temporada. Deu para ver como é a rotina de um cara que está no top 40, 30. Ter a oportunidade de conviver com ele tem sido muito importante", destacou Monteiro, que treina na Tennis Route, academia comandada por João Zwetsch, atual treinador de Thomaz Bellucci, canhoto como Thiago.
O cearense fez questão de frear um pouco a empolgação da torcida e mostrar que embora expressivas, suas vitórias ainda não chegam ao patamar das de Bellucci. "Ele conquistou três ou quatro ATPs, é um jogador incrível", comentou Monteiro, sublinhando o triunfo do canhoto de Tietê sobre o britânico Andy Murray no Masters 1000 de Madri, em 2011.
Sobre o resultado desta terça, ele contou que a solidez e a confiança na tática foram aspectos fundamentais. "O Almagro é um cara muito sólido de fundo e eu também consegui jogar de maneira sólida, o machucando do fundo e isso me favoreceu muito. Fiz um ótimo jogo hoje e agora é manter essa energia para a próxima partida", comentou o atual 278 do mundo, que irá se aproximar do melhor ranking da carreira, 254º lugar alcançado em 2013.
"Hoje a tática funcionou bem, não fiquei jogando apenas no backhand dele para não ficar acostumado. Ajustei bem o que tinha que fazer", acrescentou Thiago, que festejou o apoio do público durante a partida. "A torcida me ajudou bastante e ele se incomodou. Eu foquei em fazer o meu jogo e isso me ajudou bastante", complementou.
Na próxima rodada, ele terá pela frente o experiente espanhol Daniel Muñoz de la Nava, de 34 anos e algoz do argentino Maximo Gonzalez no dia anterior. Será a segunda vez que Monteiro vai encarar o atual 72 do mundo, que levou a melhor sobre o brasileiro na única vez que duelaram, no challenger de Moscow, no ano passado.
"O De la Nava é perigoso, é um jogador um pouco diferente dos outros espanhóis, joga mais reto e tem um bom backhand. É um jogo perigoso e vou ter que manter o meu foco", afirmou o cearense, que quando questionado sobre uma possibilidade de participação nos Jogos do Rio avaliou estar bem longe e que para conseguir a vaga precisaria de resultados impressionantes até lá.
