Rio de Janeiro (RJ) - O escocês Andy Murray mal conseguiu comemorar quando ganhou o ponto derradeiro de uma maratona de quatro horas diante do argentino Juan Martin del Potro, que lhe deu o bicampeonato olímpico. O número 2 do mundo abraçou longamente o adversário e depois caiu em lágimas na cadeira, esgotado diante do esforço.
"Este foi um dos jogos mais duros que tive de disputar na luta por um grande, grande título", afirmou Murray. "Aquela final do US Open que tive de jogar contra Novak (Djokovic) foi muito difícil, mas esta noite pareceu ainda mais. Exigiu muito da parte emocional e também do físico. Houve muitos altos e baixos durante o jogo", comparou ele, referindo-se ao desafio de 2012, quando enfim ganhou seu primeiro Grand Slam.
O escocês se tornou assim o único tenista a ganhar duas vezes o ouro olímpico em simples, e o fez em Jogos consecutivos. "O fato de nunca ter acontecido antes mostra o quão difícil é se obter isso. Estou muito orgulhoso do que fiz. Muita coisa pode acontecer no período de quatro anos, especialmente para os tenistas. Temos tantos campeonatos. Desde Londres em 2012, passei pela cirurgia (nas costas) e então muita coisa pode mudar. Cai no ranking e tive momentos complicados em quadra", lembra.
Dá para pensar num tricampeonato em Tóquio? O britânico de 29 anos não descarta a possibilidade. "Tentarei prosseguir na minha carreira o mais que puder. Quem sabe o que pode acontecer até 2020. Estarei então com 33 anos e não consigo imaginar se conseguirei estar jogando no mesmo níel de agora. Por enquanto, preciso curtir minha conquista de hoje".
