Ainda que Maria Esther Bueno tenha brilhado tão intensamente em Wimbledon, certamente tem sido o saibro francês quem tem historicamente dado os melhores resultados para o tênis brasileiro, principalmente na Era Profissional.
No total, o Brasil tem nove troféus de campeão em Paris, em quatro categorias diferentes: ganhou três vezes em simples, com Gustavo Kuerten (1997, 2000 e 2001); uma em duplas femininas, com Maria Esther Bueno (ao lado da americana Darlene Hard, em 1960); outra em duplas masculinas, com Marcelo Melo (ao lado do croata Ivan Dodig, em 2015); dois em duplas mistas, com Bueno (ao lado do australiano Bob Howe, em 1960) e Thomaz Koch (junto à uruguaia Fiorella Bonicelli, em 1975); e ainda em duplas juvenis, com Guga (em parceria com o equatoriano Nicolás Lapentti, em 1994) e Matheus Pucinelli (junto ao argentino Thiago Tirante, em 2019).
Em outras 14 ocasiões, brasileiros alcançaram a final de Roland Garros, em sete chaves distintas, o que jamais obteve em qualquer outro Slam. Maria Esther foi vice de simples (1964) e de duplas (1961); Bruno Soares, em duplas (2020); Cláudia Monteiro/Cássio Motta (1982), Jaime Oncins (2001) e Marcelo Melo (2009), em duplas mistas; Edison Mandarino (59), Thomaz Koch (62 e 63) e Luis Felipe Tavares (67), em simples juvenil; e Guilherme Clezar (2009) e Bia Haddad Maia (2012 e 2013), em duplas juvenis.
E não foi só. Mesmo na chave individual masculina, resultados expressivos foram obtidos por Fernando Meligeni, semifinalista em 1999 (mesmo ano em que Guga parou nas quartas); e Koch atingiu as quartas de 1968 e chegou às oitavas em 1974, mesma rodada alcançada por Carlos Kirmayr em 81, e por Jaime Oncins em 92.
No século 21, depois que Guga atingiu o tricampeonato, a participação nacional teve queda acentuada. Apesar de colocar quatro jogadores nas chaves principais de 2002, 2005 e 2009, as melhores campanhas foram sempre de Kuerten, com quartas em 2004 (logo após superar o número 1 do mundo Roger Federer). Além dele, apenas Flávio Saretta, em 2003, e Thomaz Bellucci, em 2010, ganharam três jogos e disputaram as oitavas.
Já o tênis feminino viveu momento histórico, com a entrada direta de Teliana Pereira na chave principal de 2014. As meninas não tinham uma única representante desde que Andrea Vieira perdeu na primeira rodada de 1990. No ano anterior, ela havia chegado à terceira rodada. A melhor campanha na Era Profissional coube a Patricia Medrado, que atingiu as oitavas em 1978.
Simples masculino - Gustavo Kuerten (97, 2000 e 2001)
Duplas feminino - Maria Esther Bueno (60), com a norte-americana Darlene Hard
Dupla masculino - Marcelo Melo (2015), com o croata Ivan Dodig
Duplas mista - Thomaz Koch (75), com a uruguaia Fiorella Bonicelli
Duplas mista - Maria Esther Bueno (60), com o australiano Bob Howe
Duplas juvenil masculino - Gustavo Kuerten (94), com o equatoriano Nicolas Lapentti
Duplas juvenil masculino - Matheus Pucinelli (2019), com o argentino Thiago Tirante
Simples feminino - Maria Esther Bueno (1964)
Duplas feminino - Maria Esther Bueno (1961)
Duplas masculino - Bruno Soares (2020)
Duplas mista - Cláudia Monteiro/Cássio Motta (1982)
Duplas mista - Jaime Oncins (2001)
Duplas mista - Marcelo Melo (2009)
Juvenil masculino - Edison Mandarino (59), Thomaz Koch (62 e 63) e Luis Felipe Tavares (67)
Duplas juvenil masculino - Guilherme Clezar (2009) e Orlando Luz (2016)
Duplas juvenil feminino - Beatriz Haddad Maia (2012 e 2013)