Atualmente em inúmeras atividades do nosso dia-a-dia, felizmente podemos contar com a ajuda de tecnologias. No mercado do tênis, este "fenômeno" não é diferente. Nunca tivemos tantos esforços em pesquisas em praticamente todas as áreas dos equipamentos, que visam nosso bem-estar e o melhor aproveitamento possível do material na melhora de nossa performance em quadra.
Ao conhecer as tecnologias de raquetes e cordas, por exemplo, podemos observar primeiramente um grande avanço nos materiais usados. Em um passado não tão distante, uma boa raquete tinha composição 100% de grafite, e hoje em dia temos inúmeras fusões de materiais que resultam em consequências muito variadas para nosso jogo, interferindo diretamente seja no aprendizado do esporte, na evolução, no combate a lesões, etc.
A marca Prince, por exemplo, descobriu que o material Tungstênio incluído na liga de uma raquete gera menos vibração a partes extremamente importantes do corpo de um tenista como o cotovelo e o ombro. Esta pesquisa foi feita na época, pois um de seus principais tenistas no circuito e conhecido de todos nós, o australiano Patrick Rafter, sofria com esse tipo de lesão. Portanto, a empresa incluiu não só na raquete de Rafter, mas também em várias raquetes do mercado mundial.
Ao analisarmos materiais e tecnologias totalmente inovadoras, podemos lembrar de algumas que não existiam há um ano, fato que nos mostra como os equipamentos podem realmente mudar de pouco em pouco tempo. Nesta matéria, vamos falar sobre algumas tecnologias e materiais exclusivos para o combate a vibrações nocivas em uma das partes mais requisitadas de qualquer tenista, seu braço.
A marca austríaca Head lançou muito recentemente no mercado uma tecnologia aliada a um material totalmente inovador conhecido como Metallix. A liga dos materiais desta raquete é feita com uma matriz de fibras de carbono especialmente desenvolvida e uma nova liga de metal cristalino. A granulação desta liga é 1000 vezes menor que a de um metal comum. O resultado é uma raquete mais leve, forte e potente. Este tipo de raquete possui também um estabilizador do lado do "coração", que elimina a vibração que desceria ao braço do tenista.
Já a marca francesa Babolat desenvolveu uma espécie de antivibrador acoplado estrategicamente entre o "coração" da raquete e o início do cabo, que elimina as vibrações ruins que são geradas na hora do golpe. A marca Wilson possui um sistema semelhante, que é chamado de Triad, onde é usado um material que se chama "Isozorb", usado na estrutura de pontes em países como o Japão, por exemplo, para minimizar o abalo causado por terremotos. Este material "divide" a raquete para não permitir que as vibrações cheguem ao braço do tenista.
Outra tecnologia já muito conhecida e altamente eficaz é da marca Pro Kennex, conhecida como Kinetic - esferas de quartzo colocadas ao redor da cabeça da raquete. Ao contato com a bola "ativa", as micro-esferas de quartzo dissipam praticamente toda a vibração, evitando lesões no cotovelo e no ombro. Atualmente, esta tecnologia foi aprimorada ao se incluir dentro das micro-esferas o material Jetron, que aumenta consideravelmente a eficiência da tecnologia Kinetic.
Mas não se esqueçam: esta tecnologias são extremamente importantes para o combate de lesões, porém, encordoamento também é essencial. Na minha opinião, de nada adianta "anular" essas tecnologias com cordas ou tensões que não acompanhem os benefícios que essas tecnologias podem trazer. Por isso, procure sempre cordas de conforto para associar a raquetes deste tipo. Cordas de conforto são as multifilamentadas, ou seja, em sua composição existem várias microcordas que formam uma só. A corda é o motor da raquete e em breve falaremos exclusivamente delas.
Espero que aproveitem as dicas e usufruam de tudo que as empresas de equipamentos tenísticos têm a nos oferecer!