ísticas e diferenças entre os tipos e
cushion grips, além de entender a importância de sempre observar se o equipamento usado no cabo ainda está agindo com eficiência. Por isso, conforme prometido, segue um guia que irá ajudá-lo a escolher melhor o tipo de material a ser usado e seus diferentes atributos. Hoje, falaremos apenas sobre os
cushions e em um segundo momento falaremos sobre os overs.
Começando pelos cushion grips, que são teóricamente os obrigatórios, observamos que podem ser separados em quatro "famílias" que são os cushion lisos, os de aderência ou tracionados, os especiais e os de couro, lembrando que cada um oferece uma sensação diferente. Isso é muito particular e varia muito de acordo com o jogador que, por sua vez, irá testar os diferentes modelos a fim de decidir qual deles agradam mais em sua concepção. Os exemplos a seguir irão seguidos de uma breve descrição que facilitará ao leitor entender melhor como realmente é o grip.
Cushion liso: São os tradicionais, ou seja, neles não existem ranhuras ou formatos diferentes. Em geral, são os que mais respeitam o formato natural do cabo (que varia de marca para marca). É importante frisar que a espessura, não apenas no caso dos cushions lisos, bem como todos os outros, pode variar milimetricamente de fabricante para fabricante e até mesmo o mesmo fabricante em modelos distintos. Exemplos:
- Pince Maxtac: Tem excelente custo e é um grip básico, peca um pouco na aderência e sua durabilidade é boa.
- Babolat Syntec: É o cushion tradicional da Babolat que acompanha inúmeras raquetes de fábrica, tem uma excelente aderência e durabiliade razoável, pois seu foco é manter o grip um tempo razoável "grudando bem na mão" e não tanta preocupação com seu desgaste natural.
- Babolat Air Sphere: Além de ter tudo que o Syntec tem, esse grip tem materiais combinados com o próprio ar que o deixam com grande conforto em virtude da maciez.
- Karakal Super grip PU: O famoso grip liso da Karakal, como todos nesta matéria, pode ser usado em raquetes de tênis ou squash, é um dos mais finos e aderentes do mercado, sua durabilidade é regular.
Cushion grips de aderência ou tracionados: Pertencem à maior das "famílias" pois eles serão subdivididos em dois grupos que são os de absorção de suor e os tracionados. Em geral, todos os cushions pertencentes a esta família têm aderência extra, seja pelo material de que é feito, pelas ranhuras ou pelo seu desenho, pois vários vêm com esferas feitas exatamente para absorver o suor, o que não significa que os cushions que não estão no grupo de absorção não drenem o suor, pois eles também absorvem, no entanto, muito menos do que um grip feito exclusivamente para isso. Os cushions tracionados têm em geral desenho com ranhuras diferenciadas que maximizam a segurança do cabo da raquete na mão do tenista. Assim como os cushions lisos, os grips desta família também são feitos com materiais sintéticos.
Exemplos de cushion grips para absorção de suor:
- Wilson Sponge: Como o nome já diz, ele age como uma esponja, pois é cheio de esferas de absorção de suor. Quando novo, também tem um material altamente aderente. Para quem transpira muito, não é bom manter muito tempo o grip, pois em um determinado momento ele começa a não absorver mais e a raquete pode "girar" na mão.
- Wilson Kcontrol grip: É um pouco menos absorvente que o Sponge por ter menos esferas, contudo, oferece maior durabilidade.
- Head Hydrosorb ou Hydrosorb Tour: Grip extremamente aderente, macio e com grande absorção; tem boa durabilidade.
Exemplos de cushion grips tracionados:
- Head Softac Traction: Tem várias ranhuras que ajudam muito no agarre e também possui pequenas esferas de absorção de suor, tem um bom custo x benefício.
- Babolat Perfect grip: Absorve muito pouco por não ter esferas, mas é o que mais tem ranhuras.
- Prince Duratred: Muito semelhante ao Perfect grip da Babolat.
Chamo de "especiais" os cushions que reúnem várias características à parte que os tornam diferenciados perante o mercado, como conheceremos a seguir:
- Gamma Hi- tech gel: É um grip de excelente qualidade, que além de ter costuras que ajudam no agarre e na durabilidade, oferece as esferas de absorção de suor e um filete de gel em seu interior que o torna um dos grips mais confortáveis do mercado.
- Head Contour cushion Pro: Possui as esferas, ranhuras, costura e um filete que causa uma espécie de "lombada" pela empunhadura, que oferece uma sensação de maior firmeza e encaixe a mão.
- Wilson Cushion Pro: Não é um grip aderente tampouco absorve o suor, mas possui uma saliência ainda maior do que o Contour, o que faz com que a mão se encaixe mais ainda. Muitos tenistas adoram e muitos não conseguem jogar com ele.
Cushions de couro: Assim como as cordas em tripa natural, é outro item que o tempo e a tecnologia não conseguiram tirar do antigo arsenal do tenista. Mesmo que em pouca quantidade, ele ainda permanece no mercado. Não preciso falar que é o que mais dura entre todos, no entanto, não absorve suor e sua aderência é muito peculiar e também varia muito para cada jogador. Normalmente, os que gostam do cushion de couro não conseguem jogar com outro grip.
Exemplo: Head Leather tour.
Grande abraço e na próxima coluna traremos o guia de over grips, espero que gostem. E não se esqueçam: sempre que quisere, mandem as dúvidas no meu e-mail!
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Um dos mais renomados especialistas em equipamentos para tênis do Brasil, com quase duas décadas de experiência. Encordoador oficial do Australian Open 2017; encordoador oficial do Brasil Open em 3 oportunidades além de outros torneios ATP nível Challenger. Membro da Associação Europeia de Encordoadores. Certificado pelo francês Lucién Nogues durante a convenção Babolat Brasil. Esteve presente em Roland Garros 2017, convidado para acompanhar a sala de encordoamento do torneio e últimas tendências do circuíto. Autor de dezenas de matérias sobre equipamentos de tênis nos maiores veículos de comunicação do esporte. Proprietário e responsável pela área de tênis no grupo Tivolli Sports/Raquetemania, em Alphaville -SP.
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