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Guia de cordas: Co-polímero e poliéster
Por Fabrizio Tivolli
13/06/2009 às 14h20

Através das matérias anteriores, conhecemos os tipos de materiais usados na fabricação das cordas para raquetes, além de suas vantagens e desvantagens. Sendo assim, criamos um guia com as principais cordas do mercado, devidamente divididas por grupos, para ajudar o tenista na escolha mais apropriada.

Hoje, falaremos do grupo dos poliéster e co-polímeros, que são os monofilamentos, provavelmente as cordas mais experimentadas atualmente, em virtude de serem uma das mais "novas" cordas que apareceram e a grande maioria dos profissionais usar esse tipo de material. Vale a pena relembrar que não são as cordas mais confortáveis do mercado. Minha dica para aqueles que não se recordam é dar uma olhada na matéria "Corda, o motor da raquete" dessa coluna para ter ciência exata do tipo de cordas a que estamos nos referindo!

Cordas de poliéster: Como vimos, são os famosos "arames" que no geral têm custo baixo, normalmente destinadas para os tenistas que arrebentam muitas cordas, pois tem boa durabilidade apesar de serem as cordas que mais perdem tensão e vibram no mercado. Variam muito pouco ou quase nada de marca para marca, pois não existem grandes avanços técnológicos que possam fazer diferir sensivelmente um modelo de outro. Portanto, para escolha, a marca preferida ou o quesito preço podem determinar qual será a corda usada. A faixa de preço desse tipo de material varia entre R$ 10,00 e R$ 25,00.

- Sonic Polimax II, Toalson Polygut,Tecnifibre Polyspin, Gamma X-tra Poly , Babolat Duralast, Head Competition II, Wilson Enduro Gold, Prince Tournament Poly, Pacific Poly Power, Sigma Poly, etc, estão entre as cordas mais modernas e procuradas do mercado. Como foi dito, não
diferem tanto, mas obviamente possuem algumas diferenças, como algumas terem uma relação custo x benefício mais atrativa ou possuirem uma durabilidade melhor. Mas isso é pessoal, de cada tenista, por isso, para as cordas de poliéster o ideal é experimentar, para saber na prática qual é melhor para a sensibilidade de cada um.

As cordas em Co-polímero também dão a sensação de "arame", porém, possuem muito mais técnologia em sua construção, para começar pelos inúmeros materiais que as compoõe. Por isso, ao contrário das cordas de poliéster, os co-polímeros possuem algumas distinções de marca para marca e até mesmo entre modelos da mesma marca, como veremos a seguir. Mas em um âmbito geral, perdem muito menos tensão e vibram sensivelmente menos.

Dividirei este grupo de cordas em "Econômicas" (co-polímeros de custo mais baixo) e "Top" (as melhores cordas em co-polímero de cada marca).

Co-polímeros econômicas: Têm custo mais alto que as cordas de poliéster, variam entre R$ 25,00 e 35,00, aproximadamente, mas já são indiscutivelmente de maior qualidade quando comparados com as cordas citadas anteriormente. Podemos destacar: Head Ultra Tour e Head Sonic, Pacific Poly power Pro, Tecnifibre ProRed code, Unique Big Hitter, etc.

Co-polímeros top: Reúnem as principais técnologias de suas marcas para esse tipo de corda e são normalmente as que os profissionais usam. São as que menos perdem tensão no mercado e praticamente não vibram, apesar de não "correrem"( deslizarem com o passar do tempo e batidas) ao redor do aro e proporcionarem mais firmeza na batida. Apenas como lembrete, as cordas de poiéster e co-polímeros econômicas também "correm" menos, mas as tops praticamente não correm. Exemplos:

Luxilon Alu Power e Luxilon Original (usadas por tenistas como Guga, Ferrero, Moyá, Federer -Federer usa combinada com tripa natural -, etc.), Pacific Poly Force (Bellucci, Youzhny, Stepanek, etc), Babolat Pro Hurricane Tour ( Nadal, Roddick -usa combinada com tripa natural -,
etc) Gamma Zo Tour, Toalson Thermax, Signum Pro Poly Plasma, etc.

Obviamente, as cordas dessa categoria mostram diferenças uma das outras, por isso, o ideal também é testar alguns modelos, pois algumas são ligeiramente mais confortáveis que outras ou mais firmes. Assim, é muito importante saber o que o tenista procura e sempre conversar com um bom encordoador, que realmente possa indicar o que cada tenista precisa.

Na próxima matéria, falaremos das tripas sintéticas e tripa natural, que são as cordas mais confortáveis do mercado e apresentam diversas particularidades.

Grande abraço e até a próxima!

Um dos mais renomados especialistas em equipamentos para tênis do Brasil, com quase duas décadas de experiência. Encordoador oficial do Australian Open 2017; encordoador oficial do Brasil Open em 3 oportunidades além de outros torneios ATP nível Challenger. Membro da Associação Europeia de Encordoadores. Certificado pelo francês Lucién Nogues durante a convenção Babolat Brasil. Esteve presente em Roland Garros 2017, convidado para acompanhar a sala de encordoamento do torneio e últimas tendências do circuíto. Autor de dezenas de matérias sobre equipamentos de tênis nos maiores veículos de comunicação do esporte. Proprietário e responsável pela área de tênis no grupo Tivolli Sports/Raquetemania, em Alphaville -SP.

fabrizio@raquetemania.com.br


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