E mais uma vez o quadril faz uma vítima. Agora foi o chileno Fernando González, ex-top 10. Mas por que existe um grande número de tenistas que sofrem com essa articulação do nosso corpo, como o nosso ídolo nacional Gustavo (Guga) Kuerten, o alemão Tommy Hass, o australiano Leyton Hewitt?
Bom, o quadril é uma articulação que apresenta uma grande estabilidade, porém recebe uma carga muito grande. A anatomia do quadril possui suas particularidades. Inicia-se pelo contato da cabeça do fêmur, que possui forma esférica, com o acetábulo (concavidade da bacia). Outras estruturas são importantes no quadril e completam o encaixe entre cabeça do fêmur e o acetábulo, dentre elas, o labrum acetabular. Devido a esta particularidade da anatomia, o quadril sofre muito o impacto femoro-acetabular (Sd. do impacto do Quadril), uma patologia específica do quadril, cuja grande importância se deve a sua incidência nos atletas de alto rendimento e as conseqüências para a sua vida esportiva e pessoal.
Uma vez realizado o tratamento pós-cirúrgico, muitos voltam à prática esportiva, mas outros estariam condenados a conviver com limitações, prejudicando o desempenho e apresentando dificuldades no retorno ao tênis. Trata-se de uma predisposição anatômica do indivíduo, gerando alavancas anormais, que irão alterar o sentido das forças atuantes na articulação quadril. E isso, além de provocar dor e limitação de certos movimentos, implicará possivelmente em um desgaste da cartilagem e do "labrum" acetabular, podendo levar à degeneração da cartilagem (artrose) do quadril.
Apoio aberto - Um dos fundamentos (golpe) que, com o passar do tempo, evoluiu e se tornou cada vez mais agressivo ao corpo é o forehand e o backhand (com as duas mãos) em apoio "open stance" (aberto), em que o indivíduo rebate a bola de frente para a quadra e, no caso dos destros, por exemplo, giram o corpo sobre a perna direita. Esta mudança gera um potencial maior de força no quadril e é mais suscetível a uma lesão.
Reabilitação: O processo de reabilitação pós-cirúrgico é longo, em média 8 meses, onde é abordado o atleta como um todo, onde os exercícios de core são a base do tratamento.
A prevenção é adotada com o fortalecimento dos músculos que realizam a estabilização do quadril, principalmente os glúteos.
Segue o link de um exercício que pode ser realizado para a prevenção de lesão no quadril.
http://www.youtube.com/watch?v=PSo4ut_xFcs