Olá amigos do TênisBrasil, hoje iremos falar dos diferentes tipos de quadra e a sua influência sobre o nosso corpo. Existem vários tipos de piso para prática do tênis e eles são divididos classicamente em três: grama, dura (há muitos tipos de piso que se enquadram na classificação de quadra dura, como o Lisonda, o cimento e o carpete, entre outros) e saibro.
Essa diferença entre os tipos de piso determina ao tênis uma particularidade em relação a quase todos os outros esportes: o jogador, profissional ou não, está sempre alternando de piso e apresenta um desempenho diferente para cada tipo de superfície.
Essas diferenças de desempenho podem estar relacionadas à diferença entre os pisos. A principal está no quique da bola e na possibilidade ou não de deslizamento do jogador na quadra. Na grama, a bola não sobe muito e geralmente ganha velocidade após o quique. Em virtude disso, o jogo tende a ganhar em agressividade no saque e na devolução. No saibro, o quique da bola é mais alto, o que permite um jogo mais lento, pois proporciona maior tempo de preparação para os golpes, maior número de trocas de bola no fundo de quadra e também está associada a muitos deslocamentos laterais com deslizamento. São duas formas distintas de se jogar tênis, tanto tática como fisicamente. A quadra dura apresenta uma combinação entre as características dos outros tipos de piso, o quique é intermediário, a velocidade da bola continua rápida, porém a quadra dura não permite o deslizar o que resulta em um maior trabalho corporal para realizar a freada e ocorre um maior número de giros em um próprio eixo para se retornar ao centro da quadra para a disputa do ponto.
Bom, mas, qual a aplicação destas informações para nós atletas amadores? Utilizo estas informações para indicar a melhor superfície para o retorno do atleta, pois se o paciente apresenta uma lesão em membros inferiores, o jogo dele na quadra dura irá submeter os membros inferiores a um estresse maior e, conseqüentemente, ele estará à mercê de uma nova lesão. Assim, indico o retorno na quadra de saibro.
Já para um atleta que sofreu lesão em membros superiores, a indicação da quadra dura é mais aconselhável, pois a quadra de saibro exige um maior número de troca de bola e a necessidade de imprimir maior força nos golpes e, assim, o atleta fica mais vulnerável a ter uma recidiva na lesão.
Por isso, fique esperto no momento de retornar da sua lesão, para não sofrer uma recidiva na mesma lesão. Uma pequena mudança de quadra pode resolver esta situação.