O dr. Caio Pazziani irá abordar neste post como podemos evitar os riscos de ter uma lesão. Esta é a pergunta que mais se faz em reuniões clinicas e em encontros entre os profissionais que atuam na área de medicina esportiva. A diminuição do risco de lesão é o padrão ouro na reabilitação de qualquer atleta. É mais importante que os atletas estejam na quadra jogando do que na maca do departamento de fisioterapia.
Nos estudos, cada vez mais se fala de técnicas de movimento, de inovações de equipamentos, de velocidade e força que os atletas exercem em quadra. Mas pouco se fala do contato do atleta com o solo e da força que esse atleta exerce sobre o solo (força de reação do solo) FRS. Mas qual seria a importância de saber a força que é transmitida para o pé do jogador de tênis?
Nos torneios, o departamento médico tem acompanhado o processo de lesões dos jogadores durante os eventos e isso nos traz informações precisas, muitas vezes correlacionadas à força do solo sobre o pé do atleta. Por exemplo, uma das maiores causas de afastamento durante uma partida é a torção de tornozelo, pois o tênis é um esporte multidirecional, que exige trocas de direções muito rápidas e com velocidade.
Para se estudar determinados protocolos de prevenção de lesões nos tenistas, foram abordadas a força de reação ao solo e a distribuição de carga no pé dos tenistas nos movimentos específicos. E se constatou por um software de baropodometria (foto1) computadorizada que não há uma uniformidade nesta distribuição de carga e muitas vezes com um excesso em regiões especificas, assim sugerindo algumas lesões futuras.
Pensando em corrigir a distribuição de cargas nos pés, foi sugerido o uso de palmilhas confeccionadas sob medida para cada atleta. Corrigindo essas cargas, podemos harmonizar a distribuição de carga entre as parte anterior e posterior do corpo, assim prevenindo futuras lesões de excesso de carga em determinadas áreas corpóreas. E até mesmo podendo da maior estabilidade e propriocepção ao pé e evitando as entorses de tornozelo.
Para ter um baixo nível de risco de lesão e pés sem dor, o Brasil já possui tal tecnologia para confecção de palmilhas especificas e sob medida para o tenista (foto 2). Trata-se de um método de avaliação computadorizada, em que se avalia a exata distribuição de carga nos pé em método estático e dinâmico. E a palmilha é desenvolvida com as correções especificas para corrigir algum distúrbio de carga no pé.
Amigo tenista já presenciei o método de fabricação e seu acompanhamento dos tenistas na Europa, em grandes centros como Alemanha, Espanha e Itália. Com o uso das palmilhas, pudemos avaliar que houve uma diminuição do risco de lesão para os tenistas e assim conseguimos deixar mais tempo o tenista em quadra e menos tempo no departamento médico.
Caro tenista, esta é mais uma dica de seu fisioterapeuta. Para maiores informações entre em contato conosco.
E lembre-se que a prevenção é a melhor solução. Para isso, o trabalho do seu fisioterapeuta, de seu técnico, preparador físico e do seu médico são trabalhos correlacionados, sempre em função do bem-estar e performance do atleta.
Um forte abraço e vamos para a linha!
OS: Um agradecimento especial a Luca Avagnina (ITA) pela troca de informações em seu artigo da ITF.