Rio de Janeiro (RJ) - A onda ex-tenistas profissionais de destaque trabalhando com jogadores de ponta no circuito atual parece que vai passar longe do catarinense Gustavo Kuerten. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira no Rio Open, ele garantiu que seu caminho dentro do tênis segue em outra direção.
"Eu nunca pensei em ser treinador. Hoje eu tenho dois lá em casa para treinar e já é complicado", comentou Guga, em relação aos seus dois filhos. "O que eu almejo é uma contribuição para o tênis um pouco no inverso desse caminho. Além do mais não me sinto à vontade para pegar a estrada de novo", complementou o ex-número 1 do mundo.
Guga destacou as escolinhas que mantém e que crescem com o passar do tempo é sua maior motivação no tênis, lembrando que ele também ajudou no começo da carreira do cearense Thiago Monteiro.
"A gente fez o processo do Thiago e hoje ele está lá no profissional, agora estamos com o Pedro Boscardin. Eu acredito muito nesse projeto da escolinha, quem sabe para preparar novos caras para trabalharem no tênis como Larri Passos e João Zwetsch", falou Guga, pontuando no fim dois dos principais treinadores brasileiros da atualidade.
Por ver que pouca coisa mudou desde o seu tempo de profissional, Guga acredita que houve coisas positivas e negativas que ficou de seu legado no tênis. "A questão era aproveitar mais o que teve de positivo, mas a realidade hoje é similar à da minha época e as expectativas maiores. O pai vê o filho e já pensa que ele pode ser o novo Guga", observou o tricampeão de Roland Garros.