Rio de Janeiro (RJ) - Assim como acontece no final de cada edição do Rio Open, o diretor do torneio Luiz Procópio Carvalho senta com os jornalistas para fazer uma avaliação do evento. Apesar de ter contado com uma chave com nomes menos expressivos do que no ano passado e não ter visto o principal favorito da competição, o japonês Kei Nishikori, ir longe, ele saiu satisfeito do que apresentou em 2017, vendo o torneio cada vez melhor.
"Estamos felizes por terminar a 4ª edição sem chuva e com público de 45 mil pessoas durante a semana de evento. Acho que o nível dos jogos deste ano foi até acima do ano passado, mesmo com jogadores de ranking um pouco menor", afirmou Luiz Carvalho, que garantiu um igual contentamento dos representantes da ATP.
"Tivemos uma reunião com a ATP e foi muito positiva, disseram que foi o melhor Rio Open que já teve. Acredito que por não termos que dividir o espaço com a chave feminina facilitou a logística. Elogiaram muito o ambiente e falaram que a condição dos treinos estava muito legal. Todas as alteração que fizemos sem o feminino foram positivas, o que queríamos melhorar nós conseguimos", observou.
Apesar de a ausência do feminino, cuja data foi cedida para Budapeste por três anos, ter ajudado a organização, o diretor não vê problemas no retorno do evento da WTA ao Rio. Questionado se ele poderia realizar a chave feminina uma semana antes ou depois da masculina, Lui descartou a ideia por causa do custo muito maior com tal operação.
Sobre a possível mudança de piso, para o duro, e de locação, indo para o Parque Olímpico, Lui lembrou que não há nada garantido ainda e falou que o torneio como está vem fazendo sucesso. Por isso fica uma dúvida sobre a possível mudança, ainda que a defenda para fazer o Rio Open ainda maior e quem sabe um dia torná-lo um Masters 1000.
"Acho que a América do Sul está preparada para receber o Masters 1000. Temos todos os ingredientes para fazer um torneio assim e acho que já nos provamos como sede de um Copa e dos Jogos Olímpicos, isso sem falar nas edições do Rio Open", falou o diretor do torneio, que revelou inveja do ATP 500 de Acapulco, que conseguiu uma lista fortíssima com direito ao sérvio Novak Djokovic.
Em relação aos ingressos e às arquibancadas vazias, a organização afirmou que o número de ingressos vendidos tem sido bom. "Segunda e terça-feira foram as melhores em todos os anos. Além disso, a ATP tem uma regra de público mínimo e passamos bem longe dela. A questão dos espaços vazios é complicada, criamos uma área com atividade bem legal e as pessoas passam bastante tempo lá".
Por fim, Lui mais uma vez falou sobre a bola usada no torneio, que novamente foi algo de algumas reclamações, a mais incisiva do mineiro Bruno Soares, que há tempos não esconde não gostar do modelo. "Ninguém reclamou formalmente na ATP, apenas via imprensa. Quem joga com mais topspin não gosta muito, mas quem joga mais reto não vê problema", finalizou.