Nova York (EUA) - A tradicional lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, feita pela revista norte-americana Time, deu grande destaque à chinesa Na Li. A campeã de Roland Garros em 2011 está em uma das capas da edição especial e teve seu texto de apresentação escrito por Chris Evert.
"Na Li é uma dissidente. Quem mais enfrentaria o sistema esportivo centralizado da China como ela fez em 2008, quando exigiu mais controle de sua carreira? Li convenceu a Federação do país a iniciar uma política de autonomia, dando mais independência aos jogadores. Agora, os tenistas ficam com mais dinheiro, dando uma fração de seus rendimentos à entidade, ao contrário de ceder a maioria, como antes", escreveu Evert.
A lenda norte-americana também lembra que Li fez questão de continuar com seu marido, Jiang Shan, em sua equipe, ao invés de ter um treinador escolhido pela federação. A chinesa estourou em 2011, quando foi vice-campeã do Australian Open e conquistou Paris, tornando-se a primeira asiática a ganhar um Slam. Em 2013, Li também chegou à final em Melbourne.
Evert faz questão de salientar o impacto de Li na popularização do tênis na China. "O país agora tem 15 milhões de jogadores. 116 milhões assistiram à sua final de Roland Garros (recorde no tênis). Essa exposição é crucial para nosso esporte e jamais teria acontecido sem ela", comentou. "Como Billie Jean King e Martina Navratilova, Na Li transcendeu o esporte".
