Rio de Janeiro (RJ) - O Rio Open vai ampliar as ações sociais em 2018. Além da tradicional realização do torneio Winners, da longa parceria com cinco projetos de fomento ao esporte junto à crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e da recém-criação do Núcleo Esportivo Rio Open, o maior torneio de tênis da América do Sul vai realizar, pela primeira vez, uma clínica da modalidade para pessoas com deficiência. Serão 19 alunos, sendo nove cadeirantes, seis pessoas com Síndrome de Down e outros quatro com diferentes deficiências intelectuais leves, de duas instituições: Escola de Tênis Cadeiras na Quadra e do Núcleo Avançado de Esportes, Cultura e Lazer (NAVES), ambas de Niterói. A atividade será realizada durante o Rio Open apresentado pela Claro, que acontece de 19 a 25 de fevereiro, no Jockey Club, na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro.
“O objetivo é que essa clínica seja algo lúdico, que desperte a paixão pelo esporte e incentive os participantes a continuarem praticando tênis e desenvolvendo as habilidades motoras. Acreditamos muito no poder transformador do esporte”, disse Luiz Carvalho, diretor do torneio.
A atividade será realizada a partir das 14h30 do dia 21/02, quarta-feira, e deverá durar duas horas. A clínica será ministrada por Cláudia Chabalgoity, dona de nove títulos do circuito da ITF, e Sérgio Castro, professor de Educação Física Adaptada da Universidade Estácio de Sá. Sérgio tem uma longa trajetória no esporte adaptado. Além de ser presidente da Federação de Basquetebol para Cadeirantes do Rio de Janeiro e árbitro internacional da modalidade, já organizou diversos torneios internacionais de tênis para cadeirantes. Como forma de reconhecimento pelo seu trabalho, foi indicado para conduzir as tochas olímpica e paraolímpica Rio 2016.
Já Cláudia Chabalgoity, além de ser uma das tenistas brasileiras de maior sucesso no circuito mundial, iniciou, em 1997, um trabalho pioneiro no país com o tênis em cadeira de rodas, criando o Programa de Desenvolvimento do Tênis em Cadeira de Rodas. Claudia foi ainda a responsável pela realização do 1º Mundial de Tênis em Cadeira de Rodas na América Latina, em Brasília, em 2006. Atualmente, está à frente do 'Projeto Tô No Jogo', que oferece atendimento para pessoas com deficiência intelectual, incluindo Transtorno de Espectro Autista –TEA e Síndrome de Down, extensivo aos pais e pessoas do seu círculo afetivo.
“É de grande importância o maior torneio da América do Sul abrir espaço, além do social, das crianças, para os deficientes físicos e intelectuais. Isso dá visibilidade e mostra a grandeza do torneio. É uma honra participar dessa ação e espero que todos se divirtam”, disse Claudia Chabalgoity, coordenadora das Clínicas Inclusivas do Rio Open.