Rio de Janeiro (RJ) - Prestes a deixar as quadras, o mineiro André Sá escreveu o penúltimo capítulo de sua carreira de jogador profissional nesta quinta-feira. Ao lado do paulista Thomaz Bellucci, ele foi eliminado na primeira rodada do Rio Open. "Os caras não deram chance nenhuma, começaram super bem e foram melhores nos pontos importantes. Não tem muito o que analisar, o volume de jogo deles foi muito maior que o nosso", analisou.
Com a aposentadoria marcada para o Brasil Open, na próxima semana, o duplista mineiro vem recebendo diversas homenagens por sua carreira. "Claro que é uma emoção a mais. É um momento especial, estou terminando minha carreira e as emoções estão mais a flor da pele. São 21 anos jogando e nunca imaginaria chegar tão longe", comentou o atual 89 do mundo nas duplas e ex-número 17 do ranking.
Responsável por comandar Bellucci, ele falou sobre a curiosidade de jogar ao lado do pupilo nessas últimas semanas. "Hoje me peguei dando bronca nele duas vezes durante o jogo. É uma situação diferente e está sendo legal", afirmou Sá, que demostra ter ampla confiança na capacidade do canhoto de Tietê, o primeiro a convidá-lo para a empreitada de técnico.
"O Thomaz foi a primeira opção, pois ele é brasileiro e tem potencial. Não gastaria meu tempo com alguém em que não acredito. Venho falando para ele que é questão de pegar um pouco mais de confiança e ritmo de jogo. Não quero mudar muita coisa, só acrescentar. Quero que ele jogue pontos mais curtos e que possa simplificar as coisas", analisou.
Sá também falou sobre os fatores que o levaram a parar. "A decisão foi difícil, foram vários fatores que influenciaram na minha decisão, entre elas não ter um parceiro fixo e não conseguir jogar no nível que gostaria. O peso para eu encerrar a carreira e começar um novo capítulo ficou maior. Vou continuar no circuito que é algo que gosto tanto", observou o tenista de 40 anos.