Miami (EUA) - John Isner chegou em Miami duas semanas atrás sem esperanças. Havia ganhado apenas dois jogos na temporada e perdido partidas estranhas. O que mudou tanto na caminhada para o título deste domingo? "Não é coisa técnica, é tudo mental. No primeiro jantar que tive com meu treinador aqui, falamos sobre os fatores que estavam me detendo, os detalhes que tinham me feito perder os jogos apertados. Depois disso, entrei mais solto e confiante", conta. Seu técnico é David Macpherson.
Conquistar o primeiro Masters em Miami e no último ano da atual sede do torneio o deixou ainda mais emocionado. "Este torneio tem tanta história, todos os melhores do mundo jogaram aqui ao longo dos anos. Dividir a quadra com Sascha (Zverev) numa final é incrível. Nunca pensei que isso poderia acontecer, considerando a forma com que vinha jogando", afirmou o campeão. Ele e o alemão chegaram a treinar juntos na Flórida quando Sascha tinha 14 anos.
Sobre a virada que conseguiu, Isner admitiu certa surpresa. "Estava desapontado depois do primeiro set, em que tive certamente algumas chances e break-points. Além disso, saquei com 4-3 no tiebreak e aí perdi quatro pontos seguidos. Estava realmente exausto naquele momento, mas de alguma forma me recuperei e passei a me sentir melhor".
Aos 32 anos e 11 meses, Isner é o tenista com maior idade a ganhar seu primeiro Masters e o terceiro mais velho a vencer nessa categoria, superado apenas por Andre Agassi e Roger Federer. "Ganhar dessa forma, diante de um público como este, numa atmosfera incrível, não dá para criar momentos como este. Totalmente incrível".
Com as conquistas de Isner e de Juan Martin del Potro em Miami duas semanas atrás, é a primeira vez desde 2003 que dois jogadores não europeus vencem Masters sucessivos, repetindo Lleyton Hewitt e Agassi.