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Nadal marca histórico 11º troféu e chega a 17 Slam
10/06/2018 às 12h55

Nadal perdeu apenas um set na campanha de 2018

Foto: ATP

Paris (França) - A resistência de Dominic Thiem durou apenas um set e assim Rafael Nadal justificou seu amplo favoritismo para conquistar pela 11ª vez o troféu de Roland Garros, no maior domínio já visto de um tenista sobre o saibro e num mesmo Grand Slam. Para embolsar 2,2 milhões de euros e confirmar a liderança do ranking, o canhoto espanhol anotou as parciais de 6/4, 6/3 e 6/2, mesmo levando pequeno susto com dor no punho esquerdo na metade do terceiro set.

Não menos importante, Nadal atinge também o 17º título de Slam e novamente diminui a distância para o recordista Roger Federer, que somou 20 com o Australian Open de janeiro. Este é seu terceiro troféu desse quilate em apenas 12 meses. Aos 32 anos, se torna o quarto jogador da Era Profissional a vencer um Slam após os 30, atrás das quatro conquistas de Federer, Rod Laver e Ken Rosewall.

Nadal ganhou seu primeiro Roland Garros em 2005, ao completar 18 anos, e aí venceu quatro consecutivos até sofrer sua primeira derrota em 2009. Voltou com tudo e ganhou outra série de cinco - que se tornou a maior da história no torneio - entre 2010 e 2014. Depois de dois anos de problemas físicos mas apenas uma derrota real em 2016, recuperou a hegemonia em 2017 sem perder sets.

O domingo se torna histórico também por Nadal atingir uma marca que se esperava inalcançável, repetindo Margaret Court, a única tenista da história até então que havia vencido 11 vezes o mesmo Slam, na série que obteve na Austrália entre a fase amadora e a profissional (1960 e 1973). Ao mesmo tempo, é o único com 11 títulos em três diferentes torneios, já que obteve idêntica marca em Monte e Barcelona nesta temporada. De seus 78 troféus na carreira, 57 vieram sobre o saibro.

Invicto em finais
O primeiro set foi tenso e intenso. Thiem começou nervoso e cedeu logo seu saque, mas foi ajudado por erros de Nadal e se recuperou em seguida. Quase todos seus games de serviço eram muito longos porque o primeiro serviço ficou abaixo de 50% e assim Nadal entrava em todos os pontos, fazendo o austríaco trabalhar exaustivamente para ganhar pontos. Como reflexo disso, Thiem sacou muito mal na pressão do 4/5, errando até mesmo voleio fácil, e deu enorme vantagem ao espanhol.

Isso se refletiu já no começo do segundo set. Cada vez mais pressionado, Thiem começou a errar sucessivamente de backhand e o buraco foi ficando cada vez maior. O austríaco ainda teve chances de reagir, arrumando dois break-points em games distintos, mas em ambos Nadal improvisou soluções.

Como de hábito, Nadal não perdeu intensidade mesmo diante de tanta vantagem. Sabendo-se invicto em finais disputadas em Paris, continuou exigindo o máximo do austríaco. A quebra escapou no primeiro game, mas veio no terceiro. Aì um susto. No meio do saque, Nadal sentiu algo no punho esquerdo, pediu atendimento, tomou comprimidos mas não saiu de jogo. Ao contrário, obteve outra quebra e só teve mesmo trabalho para fechar no quinto match-point.

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