Monte Carlo (Mônaco) – Na semana passada, durante a disputa do Masters 1000 de Monte Carlo, o austríaco Dominic Thiem falou de uma de suas paixões, o futebol, ao jornal inglês “The Daily Telegraph “. O número 5 do mundo é torcedor da equipe do Chelsea e tem seu próprio time de futebol, o “First Tennis & Football Club”, que conta com o compatriota Jurgen Melzer, Ernest Gulbis, o amigo Dennis Novak e muitos outros jogadores ranqueados entre os 400 ou 500 e aposentados.
“Todos os tenistas adoram futebol e também amamos jogar porque não existe uma grande chance de contusão. Já fizemos uns 15, 20 jogos contra equipes de todos os tipos, talvez três ou quatro por ano, inclusive contra os eslovenos um par de vezes, entre eles Aljaz Bedene. Os resultados têm sido equilibrados”, afirma. Thiem pode ser visto em vídeo fazendo “embaixadas” com Nadal sob o estádio de Indian Wells, torneio em que conquistou seu maior título. No ano passado, Thiem foi vice-campeão de Roland Garros.
O austríaco aponta que “Rafa teve um tio que jogou futebol, então ele é privilegiado e possui muito toque no seu pé. Mas ouvi dizer que Roberto Bautista Agut (21º do ranking e campeão em Doha, recentemente) é melhor porque cresceu jogando no Villarreal.” Thiem, até os 14 anos, jogava tênis diariamente e futebol duas vezes por semana.
Em fevereiro, Thiem encerrou a relação de trabalho com Gunter Bresnik, com quem treinava desde os nove ou 10 anos. Boris Becker foi um dos muitos jogadores que passaram pelas mãos de Bresnik. “A determinado ponto, fica difícil ouvir a mesma coisa. Você sabe o que vai vir, sabe o que fez errado, mas alguém vai te dizer. Acho que é a mesma coisa se você está com seu parceiro por 20, 25 anos”, comparou o austríaco, que agora trabalha com o chileno Nicolas Massu. Thiem namora há dois anos com a francesa Kristina Mladenovic.
Ao contrário de Gael Monfils e Elina Svitolina, o casal é discreto. Thiem destaca os benefícios de namorar uma tenista. “Ajuda muito. Em primeiro lugar, eu a vejo mais do que se fosse uma namorada que não joga tênis. Felizmente, há muitos torneios combinados e coisas que seriam difíceis em um relacionamento normal, que são fáceis para nós. Viajar é nosso trabalho e é ótimo conversar com alguém que entende isso, que compreende como é duro perder como é ótimo ganhar. Mas vê-la jogar não é bom para mim. Fico sempre nervoso porque tenho influência zero. Não sei se ela sente, mas acho que também fica nervosa ao me ver jogar, é normal”, comenta rindo.