A raquete de tênis é um símbolo do esporte e sofreu algumas modificações ao longo dos anos até chegar ao modelo que conhecemos hoje. Ela surgiu na verdade como uma necessidade à prática por parte dos jogadores, que a princípio batiam na bola com as próprias mãos. Hoje, a raquete de tênis está num nível aprimorado e é uma aliada na performance dos tenistas.
Confira sua evolução ao longo da história:
1400 - O apetrecho aparece pela primeira vez
Ainda no século 14, a regra do jogo era bater na bolinha - feita de pele de cordeiro preenchida com lã - com as mãos. Conhecida como “Jeu de Paume” (Jogo de Mão), a modalidade era praticada nas ruas e pátios no sul da Europa, especialmente na Itália. O tênis moderno é uma evolução desse jogo.
Apesar de o esporte já ser bastante difundido no território europeu, foi somente no final no século XV que surgiu um esboço do que seria a raquete hoje em dia, feita de madeira esculpida com um cabo e uma cabeça oval, o battoir. O objeto foi criado para evitar as unhas quebradas e o inchaço nas mãos.
1500 - O battoir é aperfeiçoado
As primeiras raquetes encordoadas foram documentadas no Tratado sobre o Jogo da Bola, escrito por Antonio Scaino em 1555, na Itália. Eram feitas com uma peça de madeira compensada, e tinham 150 cm de comprimento. As duas extremidades eram ligadas ao cabo, coberto com pele de carneiro. O encordoamento era na diagonal e as cordas feitas de tripa de ovelha.
1800 - Aparecem as linhas retas e diagonais
Nos séculos XVIII e XIX, a evolução da raquete continuou. Porém, a mudança mais relevante aconteceu em 1860, quando foram colocadas cordas verticais e horizontais da mesma largura e entrelaçadas do jeito que conhecemos, dando maior força às jogadas.
1874 - Surge a raquete moderna de madeira
A primeira raquete de tênis moderna foi feita em 1874 em Londres pelo major Walter C. Wingfield. Esta raquete era grande, pesada e feita de madeira maciça, com uma cabeça larga, de modo que era mais fácil usar a bola, mas eram difíceis de manejar.
As raquetes de madeira começaram a ser usadas em meados do século XIX, quando o gramado foi inventado e começou a ganhar popularidade.
1970 - A raquete de metal se populariza
As raquetes de metal existiam desde 1889, mas nunca foram amplamente utilizadas. Na década de 1970, Jimmy Connors usou uma raquete de aço que mostrava o quão poderosas as raquetes de metal poderiam ser contra as de madeira.
Elas surgiram em 1957, criado por René Lacoste, que patenteou o modelo. A Wilson - famosa empresa de raquetes de tênis - acabou comprando os direitos, e a raquete de metal apareceu pela primeira vez em um catálogo da marca em 1969, a T2000, que era diferente de qualquer raquete de madeira da época. Tinha uma cabeça que permitia potência máxima.
1980 - Raquete de grafite
Essas raquetes surgiram como alternativa às de alumínio, que eram completamente instáveis. O grafite permitia que fossem menos flexíveis do que as raquetes de metal produzidas originalmente. Eles tinham menos peso, o que significava que eles eram mais leves para soldar e tinham mais espaço para adicionar energia a cada balanço.
Arthur Ashe foi a primeira pessoa a usar uma raquete de tênis 100% feita de grafite, embora não seja a mais popular entre os tenistas que usaram esse estilo de raquete. Provavelmente as primeiras raquetes de grafite famosas foram usadas por John McEnroe e Steffi Graf em 1980.
2000 - Tecnologia ajuda a aprimorar performance
Desde os anos 2000 até os dias de hoje já foram incorporados muitos outros tipos de matéria-prima às raquetes, visando promover uma melhor performance aos tenistas.
A principal procura foi por aerodinâmica no aro, que ficaram cada vezes mais finos e estáveis. A tecnologia chegou ao ponto de se introduzir chips nos cabos para a medição em tempo real dos golpes que o tenista realiza.